Falta uma peça

Falta uma peça

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Carlos Corrêa / Interino

Dê uma boa olhada nos gráficos acima, retirados do site Sofa Score. Eles mostram a movimentação de Musto, Rodrigo Lindoso, Edenilson e Patrick no empate sem gols contra a Universidad de Chile, terça-feira, na estreia pela Libertadores. O posicionamento de Musto é bem mais recuado, confirmando que a ideia é aproveitar o argentino como um líbero. Edenilson pela direita e Patrick pela esquerda têm funções parecidas e confesso não ter convicção de que se encaixam ali perfeitamente. Mas sigamos. O que mais chama atenção é como Lindoso jogou avançado no Chile. Poderá se dizer que essa é a prova de que o Inter de Coudet não jogou retrancado, já que Lindoso, um volante, aqui foi muito mais do que só um volante. Respeitosamente, discordo e vou por outro caminho. Lindoso é volante. Um bom volante. Mas se o esquema tático de Coudet prevê que aquela peça do time jogue de forma mais avançada, então desculpa, mas o lugar não é de Lindoso, e sim de outro jogador com mais capacidade de articulação.

Destacar que Rodrigo Lindoso não é o nome ideal para a função não é nem de longe uma crítica ao jogador. Em dado momento da temporada 2019, ele foi um dos melhores jogadores do Inter. Mas foi porque jogou de forma em que suas características se encaixavam com o que a função pedia. Exigir dele uma maior capacidade de articulação é que é injusto.

O problema também não está no esquema idealizado por Coudet, que sequer tivemos tempo de analisar ainda. É muito mais uma questão de achar a peça adequada para sua ideia de jogo. Sim, é preciso que o escolhido tenha alguma capacidade de marcação, mas mais que isso, que seja capaz de armar o jogo lá na frente.


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