O documentário “Máfia do Apito” abriu uma ferida no Inter e pode dar ao clube o título de campeão do Brasileiro de 2005.
O conselheiro Leonardo Aquino apresentou pedido ao Conselho Deliberativo para que lute pela taça.
O fato acabou unindo o clube.
O presidente Alessandro Barcellos indicou Fernando Carvalho para tratar do assunto.
Fernando Carvalho era o presidente em 2005.
Carvalho diz que o Inter busca apenas justiça.
Daniel Cravo está atuando como um dos advogados.
No documentário. o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho reconhece que mudou a história do Brasileiro.
"Eu mudei o campeão brasileiro.
Sem a máfia do apito, a equipe campeã seria o Internacional, o campeão seria o Internacional".
Há ainda um áudio reproduzido no documentário onde o então presidente do Corinthians, Alberto Dualib, também reconhece que o título deveria ter sido do Colorado.
"Ganhou, mas se não fosse a m... da anulação dos 11 jogos, nós estávamos fora.
O campeão de fato e direito seria o Internacional".
Trata-se de uma decisão administrativa.
O Inter dividiria o título com o Corinthians
EXEMPLOS
O Inter vai mostrar que o Paulistão de 1973 teve o título dividido entre Santos e Portuguesa.
O árbitro Armando Marques errou a contagem de pênaltis na final.
Em 2010, a CBF reconheceu a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão (disputados entre 1959 e 1970) como equiparados ao Brasileirão.
Em 2023 o Atlético-MG teve homologado o título conquistado em 1937 como campeão brasileiro.
LEMBRANDO O PEDIDO
“Ao Presidente da Mesa do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional.
Assunto: Proposição de medidas jurídicas e institucionais em defesa do reconhecimento do título do Campeonato Brasileiro de 2005 em favor do Sport Club Internacional.
I – Da fundamentação fática.
Em recentes declarações públicas, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo conhecido como Máfia do Apito, admitiu que, não fosse a manipulação de resultados em 2005 e seus desdobramentos, o Internacional teria sido o legítimo campeão brasileiro.
“Eu mudei o campeão brasileiro. Sem a máfia do apito a equipe campeã seria o Internacional, o campeão seria o Internacional.”
A competição foi maculada por fraudes de apostas e manipulação de partidas, levando o STJD à anulação de 11 confrontos apitados por Edílson Pereira de Carvalho e à reprogramação de resultados.
– Da fundamentação fática.
Em recentes declarações públicas, o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, pivô do escândalo conhecido como Máfia do Apito, admitiu que, não fosse a manipulação de resultados em 2005 e seus desdobramentos, o Internacional teria sido o legítimo campeão brasileiro.
“Eu mudei o campeão brasileiro.
Sem a máfia do apito a equipe campeã seria o Internacional, o campeão seria o Internacional.”
A competição foi maculada por fraudes de apostas e manipulação de partidas, levando o STJD à anulação de 11 confrontos apitados por Edílson Pereira de Carvalho e à reprogramação de resultados — em inequívoco prejuízo técnico ao Internacional. Trata-se de decisão equivocada do ponto de vista jurídico, aplicada genericamente e sem a devida análise individual de cada caso.
Algumas partidas sequer constavam nas casas de apostas, outras não tiveram gravações, escutas ou qualquer indício de fraude, e o próprio árbitro declarou que nem todas as partidas foram manipuladas. Houve até situações em que o time que se pretendia beneficiar com a fraude acabou derrotado em campo, como ocorreu em Santos 4×2 Corinthians, em 31 de julho de 2005. Em tais circunstâncias, a anulação configurou verdadeira aberração jurídica.
Some-se a isso o episódio no Pacaembu, em que o árbitro Márcio Rezende de Freitas deixou de assinalar pênalti claro em Paulo César Tinga, expulsando-o de forma injusta em seguida — fato que o próprio árbitro já admitiu publicamente ter sido um erro grave e determinante.
II – Da fundamentação jurídica.
O princípio da verdade desportiva, previsto nas normas da FIFA e no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), assegura que os resultados das competições devem refletir o que foi obtido em campo, de forma leal e isonômica.
O art. 275 do CBJD autoriza a anulação de partidas apenas quando comprovada a manipulação específica em cada caso — o que não ocorreu no julgamento dos 11 jogos, todos anulados de maneira indistinta.
No plano internacional, há precedentes emblemáticos de retificação de títulos diante de manipulações e fraudes, como no caso do Olympique de Marseille (França, 1993) e da Juventus (Itália, 2006), em que conquistas foram cassadas e sanções aplicadas para restabelecer a lisura das competições.
A própria FIFA, em seus Estatutos (art. 2º, item g), estabelece como finalidade precípua a preservação da integridade, da ética e do fair play, prevenindo e corrigindo manipulações que atentem contra a verdade desportiva.
III – Do pedido.
Diante do exposto, requer-se à Mesa do Conselho Deliberativo:
a) seja expedida recomendação formal ao Conselho de Gestão para que adote, com urgência, todas as medidas jurídicas e institucionais cabíveis junto à CBF e ao STJD, visando o reconhecimento oficial do Sport Club Internacional como campeão brasileiro de 2005;
b) que a gestão do Internacional busque incessantemente a preservação da verdade esportiva e a reparação histórica desta competição.
IV – Considerações finais.
Não se trata de mero revisionismo, mas de uma ação de justiça histórica. É consenso popular que o Sport Club Internacional foi gravemente e injustamente prejudicado naquela edição do Campeonato Brasileiro. Todos os torcedores de todos os clubes reconhecem que o Internacional era o legítimo campeão daquele ano.
A omissão diante desse episódio perpetua uma distorção que macula a integridade do futebol brasileiro. É dever institucional e moral do Sport Club Internacional lutar pela consagração histórica de 2005, que em campo lhe pertenceu.
Nestes termos, Pede e espera deferimento.
Leonardo Aquino / Coordenador do Movimento Sangue Colorado
Fernando Carvalho e o título do Inter do Brasileiro de 2005: ‘Só queremos justiça”
O documentário “Máfia do Apito” abriu uma ferida no Inter e pode dar ao clube o título de campeão do Brasileiro de 2005.
