Há pedrinhas, pedras e paralelepípedos

Há pedrinhas, pedras e paralelepípedos

Cada clube sabe o tamanho da pedra que tem no sapato

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Cada clube sabe o tamanho da pedra que tem no sapato.
Há pedrinhas, pedras e paralelepípedos. 
É meia verdade que a pandemia quebrou as finanças dos clubes brasileiros. Meia verdade é também uma meia mentira. A verdade verdadeira é que dois ou três navegavam em águas serenas. Os demais enfrentavam ondinhas, ondas ou tsunamis. 
O Internacional reduziu os vencimentos dos jogadores e da comissão técnica em 25% durante a pandemia. Pegou carona na  Medida Provisória 936 que prevê, entre outras coisas, a “pactuação por acordo individual escrito entre empregador e empregado, que será encaminhado ao empregado...” 
O Grêmio primeiro acertou com os jogadores pagar os direitos de imagem em 2021.
Nesta semana acertou pagar direitos de imagem  e salários relativos a 55% da remuneração total dos meses de abril a setembro de 2020 entre 2021 a dezembro de 2022 com correção monetária.
Diluiu seis meses em 24 prestações.
Sou obrigado a concluir que não houve acordo com os jogadores e comissão técnica para redução dos 25%. Mas no sapato do Grêmio havia uma pedrinha, das bem pequenas.
Superávit
O Grêmio vem de quatro anos com superávit. O balancete do primeiro trimestre apresentou lucro de R$ 11,8 milhões. O clube vinha de uma situação invejável. Acho, praticando achômetro, que se não fosse assim Romildo Bolzan convenceria jogadores e comissão técnica a aderir ao corte de 25%. Repito: apenas acho.
Déficit
Quando o Internacional vinha de uma recuperação elogiável deu de cara com a pandemia. Resultado: o déficit de 2019 saltou de R$ 3 milhões para R$ 51,2 milhões até abril. E só faz aumentar. Os jogadores conheciam esta situação. Não aceitar a redução significaria brigar no futuro judicialmente por salários não recebidos.


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