Minha inveja

Minha inveja

Vendo os jogos das oitavas de final da Copa do Brasil fui tomando por um desgosto profundo, lancinante.

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Sou um bairrista confesso.
Um invejoso crônico.
De quebra, tenho um apego excessivo a sentimentos do passado.
Portanto, sou também um saudosista. 
Já citei aqui mesmo mais de uma vez uma um trecho de um texto de Nelson Rodrigues:
"O patético de nossa época é que o passado se insinua no presente e repito: a toda hora e em toda parte, a vida injeta o passado no presente."
Vendo os jogos das oitavas de final da Copa do Brasil fui tomando por um desgosto profundo, lancinante.
Padeço quando o futebol gaúcho não é protagonista.
Fiquei acabrunhando lembrando daquela máxima de que quatro estados dominam o futebol verde-amarelo: RS, MG, RJ e SP. 
Vi Galo, Fla, Palmeiras e Corinthians e outros desfilarem na TV. Nenhum gaúcho. Em breve, assistirei MG, RJ e SP pelas oitavas da Libertadores.
Não há representante gaúcho no torneio. 
Aceitamos ficar a reboque.
Somos coadjuvantes confessos.
Vejam: o Athletico, do vizinho Paraná, já está nos atropelando. 
Não tenho apego ao futebol dos outros.
Tenho inveja.
Para voltar a ser feliz, quero ver de novo Inter e Grêmio protagonistas. 


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