Minha lei

Minha lei

Sentenciei que não veríamos Inter e Grêmio festejar um título do Brasileiro pelos próximos 100 anos.

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Telefona José Evaristo Villalobos, o Nobrinho, Para sugerir que eu registre a lei do Hiltor. O amigo leitor entenderá quando ler o que segue. É de uma coluna nem tão antiga.
“Sou um obsessivo. Retomo o assunto. Há previsões que você faz convictamente, porém torce para errar.
Em 2003, quando da extinção do mata-mata e da aprovação da fórmula de pontos corridos, sentenciei que não veríamos Inter e Grêmio festejar um título do Brasileiro pelos próximos 100 anos.
De lá para cá os paulistas ficaram com oito canecos, os cariocas com três e os mineiros com três.
Neste período o Inter conquistou duas Libertadores, um Mundial/Fifa, duas Recopas, uma Sul-Americana e a Copa Suruga Bank (sim, é oficial). Foi vice do Brasileiro três vezes, mas título neca de pitibiriba. Foi assaltado, rotulado de campeão de fato em 2005, mas caneco neca de pitibiriba.
O Grêmio faturou uma Copa do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa. Tem dois vices do Brasileiro, mas caneco neca de pitibiriba. Insisto: dos quatro estados que detêm o poder do futebol nacional só o RS não conquistou o Brasileiro por pontos corridos. 
Agora os paulistas têm 10 taças e os cariocas cinco. Já o Inter coleciona mais um prejuízo escandaloso pois determinaram nos porões do futebol que o campeão de 2020 deveria ser o Flamengo”.
Além do apito, do VAR e de outros ‘interésses’, Grêmio e Inter lutam contra a penúria financeira. Não que venham faturando pouco, não. Quando falo em penúria é diante do comparativo. Sabem quando o Flamengo faturou de 2010 a 2019? R$ 4,1 bilhões. E o Palmeiras? R$ 3,5 bilhões. Neste período entrou nos cofres do Inter R$ 2,6 bilhões e no do Grêmio R$ 2,4 bilhões. 
Não é muito cedo para este Nostradamus pampeano promover tal diagnóstico já que o Brasileiro está apenas na sua segunda rodada? Não. O Grêmio vai levar um tempo para engrenar e, com este andar da carruagem, o Inter pode nem engrenar. A lei do Hiltor vingará mais uma temporada. Para minha imensa tristeza.


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