Momento raro para gremistas e colorados

Momento raro para gremistas e colorados

Curtam que Inter e Grêmio estão entre os quatro melhores da Copa do Brasil e bem encaminhados para figurar entre os oito melhores da América do Sul

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A gangorra Gre-Nal, quase eterna, já conheceu extremos como a crise da ISL, que resultou no rebaixamento do Grêmio para a Série B, e o escândalo da gestão Piffero, que acabou no rebaixamento do Inter.
Viu o Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2001 e, depois, amargar um jejum de conquistas importantes por longos 15 anos. Viu o Inter levantar várias taças internacionais para conhecer o abismo.
Gremistas e colorados estão diante de um momento raro de felicidade geral e irrestrita até aqui numa temporada para lá de inusitada. Curtam este momento, que seguramente será passageiro para uma das torcidas.
Curtam que Inter e Grêmio estão entre os quatro melhores da Copa do Brasil e bem encaminhados para figurar entre os oito melhores da América do Sul.
No mesma noite em que, como visitante, o Grêmio despachou o Bahia da Copa do Brasil, o Inter eliminou o Palmeiras nas penalidades num Beira-Rio radiante.
Um dia depois que o Inter bateu o Nacional, no Uruguai, por 1 a 0 pelas oitavas da Libertadores, o Grêmio aplicou 2 a 0 no Libertad numa Arena esfuziante.
Curtam este momento, que seguramente será passageiro para uma das torcidas. Explico. Poderemos ter uma final Gre-Nal na Copa do Brasil. Nesta hipótese com um vencedor e um perdedor, obviamente. Poderemos ter uma semifinal entre Grêmio e Inter na Libertadores. Neste caso, só um vai comemorar. Poderemos ter um campeão da Copa do Brasil e o outro da Libertadores. O título da Libertadores tem mais peso e remete para a Recopa e para o Mundial de Clubes, para a possibilidade de obter mais duas taças. E, não menos óbvio, poderemos ter um dos dois times como campeão dos dois torneios. fato que quebraria a gangorra.
Coincidência ou não, Grêmio e Inter chegam juntos a este bom momento quando as duas gestões são elogiadas pela administração e vivem um momento politicamente calmo. A turbulência política fica restrita aos bastidores, com os movimentos de Oposição sem muito espaço para queixas ou reivindicações.
Trata-se tão-somente de uma observação deste colunista, que considera fundamental a participação, a cobrança da Oposição, ainda mais em clubes de futebol.
Curtam, gremistas e colorados, este momento fugaz sem gozação, ou, se preferirem, de felicidade dos dois lados, fato impensável em 2017, quando o Inter deixou a Série B com as finanças combalidas e amargando um escândalo  que parou no Ministério Público e com o Grêmio de Renato voando em campo, pentacampeão da Copa do Brasil e tricampeão da Libertadores.
Para encerrar: Grêmio e Inter foram os dois únicos clubes brasileiros que venceram no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores. O bambambã Flamengo do treinador Jesus levou 2 a 0 do Emelec no George Capwell;  Cruzeiro ficou no 0 a 0 diante do River no Monumental de Núñez; o Athletico-PR perdeu por 1 a 0 para o Boca Juniors na Arena da Baixada e o Palmeiras empatou fora em 2 a 2 diante do Godoy Cruz.


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