"Não foi intencional"

"Não foi intencional"

Carlos Corrêa

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Carlos Corrêa / Interino

O diálogo entre os responsáveis pelo VAR e o árbitro Raphael Claus, revelado ontem pelo repórter Cristiano Silva, da Rádio Guaíba, é estarrecedor e ao mesmo tempo sintomático sobre a arbitragem no futebol brasileiro. Em 2018, quando chegou, a tecnologia era saudada pela possibilidade de corrigir erros que o árbitro não visse em campo. O problema é que no Brasil a coisa desvirtuou de tal forma que a decisão de campo passou a ser um detalhe. “Não foi intencional, não foi intencional”, teria dito Raphael Claus após o lance de Rodinei com Filipe Luís no domingo. “Então dá só um amarelinho, não tem que dar vermelho”, completou o auxiliar Marcelo Van Gasse. Ou seja, Claus viu o lance e tomou sua decisão. Então o responsável pelo VAR, Rodrigo Guarizo insistiu, chamando três vezes Claus para que fosse ao monitor, alegando que sim, o lance era para expulsão. Só então Claus convenceu-se (ou foi convencido?) e optou pelo cartão vermelho para o lateral do Inter. Eram três minutos do segundo tempo e o jogo estava empatado em 1 a 1. Menos de 15 minutos depois, aos 17, Arrascaeta avançou pelo lado direito da defesa colorada, onde não havia mais Rodinei, e encontrou Gabigol. Dentro da área, o centroavante recebeu e marcou o gol da vitória.


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