O Grêmio tem que deixar de ser o Grêmio.

O Grêmio tem que deixar de ser o Grêmio.

Cometendo uma verdade exagerada diria que seus jogadores não podem ter vergonha de serem confundidos com pernas de pau.

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Meus amigos, o Grêmio tem que deixar de ser o Grêmio.
Eis aqui uma verdade óbvia.
Alguém perguntará de que Grêmio falo. Daquele que deslumbrou o país em 2017.
O Grêmio tem que renunciar ao futebol refinado.
Até os quero-queros de Garibaldi  perceberam.
Cometendo uma verdade exagerada diria que seus jogadores não podem ter vergonha de serem confundidos com pernas de pau.
A Segundona clama por um futebol rústico.
Praticar as peladas do campinho do Ararigbóia é virtude. 
Vejam o jogo diante do Ituano.
O Grêmio dividia uma bola como quem pedia desculpas.
Há um Brasil ainda não descoberto.
É o Brasil da Segundona, atropelador, agressivo, que disputa uma bola como um pedinte da Rua da Praia disputa um prato de comida.
Dênis Abrahão tem que apresentar este Brasil aos jogadores.
É isso ou o não subirá.
Sugiro ao Dênis que na próxima preleção não discurse.
Leia Jayme Caetano Braun. Ataque de Galo de Rinha.
“Por isso é que numa rinha/ Eu contigo sofro junto/ Ao te ver quase defunto/ De arrasto, quebrado e cego / Como quem diz: Não me entrego/ Sou galo, morro e não grito/ Cumprindo o fado maldito/ Que desde a casca eu carrego!”


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