O novo vice do Grêmio

O novo vice do Grêmio

Caso contrário, quem entrar fará o papel de mordomo ou servirá como um decorativo abajur

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O grande técnico e suas circunstâncias. 
Um mínimo de sucesso desperta um ciúme silencioso e avassalador ou estimula o puxa-saquismo nojento e descarado.
Vejam Renato. 
Desumanizado pela idolatria, transformando num Orlando Silva, o  cantor das multidões, o renomado treinador virou refém da sua própria fama e vive num bunker. 
Ressentidos pelo grau hierárquico de tão saliente técnico, um funcionário que ofusca o altíssimo clero e tanto distribui ordens feito um senhorio como impõe penitências sacerdotais, as línguas mais afiadas lançam impropérios clamando para que ele seja submetido à submissão, com o perdão do trocadilho. 
Oportunistas, tais línguas passam por um amolador em tempos de vacas magras, como este ano, cuspindo mais veneno do que cobra cuspideira, ou se recolhem ao silêncio dos ermitões em tempos de vacas gordas, como em 2016 e 2017.
Solidamente montado num salário de provocar inveja, Renato desfila a sua autoridade ora gargalhando, ora beijando a testa lustrosa do presidente. 
Eis aqui seu único superior: Romildo.
Há os amigos, como o demissionário Duda. 
Seu substituto terá que ser escolhido entre outro amigo. 
Caso contrário, quem entrar fará o papel de mordomo ou servirá como um decorativo abajur.


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