O quarto cenário

O quarto cenário

Escrevo sobre o Inter, porém o que segue vale para todos os clubes brasileiros

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Escrevo sobre o Inter, porém o que segue vale para todos os clubes brasileiros.
Sem exceção.
Em ofício enviado para o CD, Medeiros afirma que o clube trabalha com três cenários para enfrentar a pandemia do coronavírus: 30 dias de paralisação das atividades esportivas, 60 dias e 90 dias. Como a paralisação se deu em 17 de março e nem há sequer cogitação da retomada do futebol dentro de 19 dias, o Inter — e todos os demais clubes brasileiros — entrará no pior cenário. 
Qual seria o próximo cenário, o quarto? 
A MP 936, que permite que empresas façam acordo direto com o empregado para diminuir a jornada e o salário ou suspender o contrato de trabalho por tempo determinado, foi prorrogada por mais 60 dias. 
Trata-se de um paliativo que aliviou as contas do Inter em R$ 7,7 milhões até aqui.
Porém, o Profut já foi empurrado com a barriga (R$ 250 mil/mês), o direito de imagem dos jogadores (R$ 6,1 milhões) está pedalado para 2021, foram feitas quase 50 demissões (economia de R$ 4,5 milhões). 
Os cortes atingiram R$ 33 milhões.
Qual seria, então, o quarto cenário? 
Esta questão apavora tanto os dirigentes que na hora da resposta tergiversam. 
Evasivas
Tergiversam e há uma justificativa: não há como prever futuro tão apocalíptico. 
Se com o quadro atual, Romildo Bolzan Júnior fala em quebradeira geral, tente imaginar o país sem futebol até setembro, outubro. Informação: começa a aumentar a pressão de dirigentes para que a FGF retome seus campeonatos. 
É o desespero


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