Onde, afinal, estava D’Alessandro?
Alguns escaladores deflagram em mim um processo de incontida irritação
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O São Paulo desfilava garboso pelo Morumbi revelando um futebol até então escondido neste Brasileiro que se arrasta moribundo para o final quando, pela décima vez, fui conferir a escalação do Inter.
Na tela da minha TV, D’Alessandro não havia dados as caras uma vez sequer.
Tudo surgia secundário, irrelevante.
Onde, afinal, estava D’Alessandro?
Eis que, perplexo, descubro o melhor 10 do Brasil.
Onde?
No banco.
Sim, D’Alessandro como reserva de Parede e Neilton.
Tive ali a mais absoluta convicção de que para o sapiente tampão, Parede e Neilton jogam mais do que D’Alessandro.
Dedução óbvia, afinal eles estavam em campo e o gringo no banco.
Fui tomado por uma ignorância brutal: perto do tampão, sou um neófito.
Só mais tarde, quando o segundo tempo corria diante de um Inter estático, abatido, D’Alessandro foi sacado do banco.
Aí surgiu um ponto de interrogação: se servia como socorrista, salvador, não servia para começar o confronto?
Aliviado, mudei de convicção.
Comparado ao tampão, o sapiente sou eu.
Alguns escaladores deflagram em mim um processo de incontida irritação.
Sem D’Ale o Inter levou 2 a 0 e corria risco de tomar mais.
Com D’Ale descontou e meteu pressão até o final.
Depois da derrota por 2 a 1 a situação do Inter é a seguinte: se o Goiás empatar com o Palmeiras hoje (joga no Brinco de Ouro) o time gaúcho estará matematicamente garantido no G-6, na pré-Libertadores de 2020, sem depender do resultado contra o Galo, domingo, no Beira-Rio. O G-4 não dá mais.
Palmeiras briga pelo vice.