Os ciclos e o Grêmio

O torcedor de futebol desconfia do que entende. Esta é uma verdade indesmentível.
Vejam o Grêmio. Arrasador, aplicou 12 gols em três partidas. Marcou 12 gols e surge frágil como casca de ovo.
Este Grêmio patrolador dos últimos três jogos contrasta brutalmente com o Grêmio de um passado recente. O mesmo Grêmio que agora humilha os modestos apanhou feio quando encarou os do seu tamanho. O torcedor desconfia desde Grêmio.
Não há mérito em vergar times como Brasil, Ayacucho e Esportivo. Cumpre-se tão somente a obrigação. O torcedor entende isto.
Desconfia porque diante de Flamengo, Inter, Galo, São Paulo e Palmeiras não levou vantagem em um confronto sequer. Em 10 desafios pelo Brasileiro diante de rivais do seu tamanho perdeu quatro e empatou seis. Já pela Copa do Brasil, perdeu duas vezes.
Mas se os 12 gols não injetam otimismo pelo menos cabem como alicerce para uma nova decolagem. Há um novo Grêmio surgindo feito de peças caseiras e forasteiros. É o eterno recomeço. 
Os sessentões, como eu, sabem dos ciclos. O Grêmio está iniciando uma nova etapa. Como fez em 2015, também com Romildo.