Paranoia?

Paranoia?

"Uma vez é acidente, duas é coincidência, e três é ação do inimigo”

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A frase é atribuída a Ian Fleming: "Uma vez é acidente, duas é coincidência, e três é ação do inimigo”.
Cuesta foi expulso no jogo contra o Vasco da Gama num erro da arbitragem e aqui entra também o VAR. Sem sua dupla de zaga titular, já que Moledo estava machucado, o Inter entrou em campo para enfrentar o Flamengo com dois garotos na zaga.
O VAR expulsou Rodinei quando o assoprador de apito queria dar amarelo. Estava 1 a 1. Com um a mais, o Flamengo ganhou.
O Inter ainda tinha uma chance de fiar com o título do Brasileiro. Chance sonegada pela turma da arbitragem e periféricos. Foi assinalada, uma penalidade clara de Ramiro, que poderia ser convertida em gol contra o Corinthians. Voltaram atrás. Com a vitória o Inter seria campeão pois o Flamengo perdeu para o São Paulo.
Adepto confesso das teorias conspiracionistas   tinha convicção de que a decisão não passava por Flamengo e São Paulo, de que estava concentrada apenas no Beira-Rio. A combinação de resultados serviu como desculpa de que o Inter não fez a sua parte. Isto parece ser óbvio. A pergunta que se faz é: deixaram que fizesse a sua parte? A resposta surge evidente, cristalina.
O e-mail que segue é de Mateus Carrilho: "Nesse século o Inter chegou em 16 finais de competições da FGF. Venceu 12. Jogou sete finais de competições da Conmebol, ganhou seis.
Jogou uma final da FPF (Copa São Paulo) e foi campeão. Jogou uma final de competição da FIFA e foi campeão (nesse século em todo continente americano só Inter, Corinthians, São Paulo e a seleção brasileira venceram troféus FIFA). Até aqui aproveitamento altíssimo em finais. Já nas competições da CBF o Inter chegou em seis finais (duas Copas do Brasil e quatro Brasileiros). Não venceu nenhuma. Seria apenas coincidência?
Estava em férias quando dos jogos finais do Brasileiro. O combinado com Carlos Corrêa, interino, era de que eu também faria uma coluna se o Inter fosse campeão.  
Era fácil prever a "ação do inimigo". Como em 2005. Paranoia? Se for, então é contagiante. Manchete do blogue de Milton Neves: "Como em 2005, o apito tira o título do Inter! O Fla é hepta!"
Trecho: "Desta vez, o algoz colorado foi Raphael Claus, que, no Maracanã, mostrou absurdo cartão vermelho para o lateral Rodinei, "matando" o Inter, que até então empatava com o Flamengo, na partida. Incrível, mas outra imensa barbeiragem da arbitragem impede que a equipe vermelha de Porto Alegre saia do jejum de títulos brasileiros, que se arrasta desde 1979. E, curioso, nas duas oportunidades, em 2005 e na atual edição do nacional, o apito acabou entregando a taça para um de seus "queridinhos".
Estou decepcionado comigo mesmo. Foi vitimado por uma recaída imperdoável. Angelical, achei que com Gaciba mudaria alguma coisa na arbitragem. Está tudo como dantes no quartel d'Abrantes.


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