Quem com VAR fere, com VAR será ferido

Quem com VAR fere, com VAR será ferido

O erro dos assopradores de apito agora tem o aval das cabines

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Errar é humano.
Mas em tempos de VAR, nunca foi tão desumano.
O erro dos assopradores de apito agora tem o aval das cabines.
Ou vice-versa.
Hoje, erra-se fora e dentro das quatro linhas.
Quem com VAR fere, com VAR será ferido.
O Inter foi favorecido pelo VAR no jogo contra o Bahia pelo Brasileiro.
Lindoso abriu o placar em impedimento.
O gol foi validado.
O Inter foi prejudicado nas quartas de final da Copa do Brasil diante do Palmeiras.
Custa teve um gol legal anulado via VAR.
Nos 2 a 1 diante do Grêmio pelo Brasileiro o Grêmio foi favorecido pelo VAR diante do Vasco, que teve o segundo gol (faria 2 a 0) escandalosamente mal anulado. 
O Grêmio foi prejudicado nas quartas de final diante do Bahia.
Via VAR, o assoprador sonegou uma penalidade, que se convertida ampliaria para 2 a 0 o resultado.
O Grêmio passou com 1 a 0, correndo o risco do empate que levaria para os pênaltis. 
Os erros dos analistas do VAR e dos assopradores de apito dariam mais do que um livro.
Alguém me diz que pensou em desligar a TV na hora da cobrança dos pênaltis entre Inter e Palmeiras.
Estava enojado pela anulação do gol de Cuesta.
Como devem estar milhões de torcedores de outros times com os acontecimentos pós-VAR.
O VAR não diminuiu as eternas suspeições de arbitragens comandadas por interésses.
Antes, pelo contrário.
Aumentou. 
Não desligou para ver até que ponto iria aquele circo, onde o palhaço é quem assiste.
Tem a convicção de que o Inter só passou porque a penalidade cobrada por Moisés beijou o travessão.
Tivesse sido defendida, o VAR poderia mandar repetir acusando, talvez, a contração de um músculo do rosto de Lomba. 
Os dirigentes berram, esbravejam, mas de concreto nada fazem.
Deveriam exigir áudios e vídeos ou...
Ou parar os campeonatos. 
Encerro com a abertura de uma coluna de Juca Kfouri:
"O controle da arbitragem sempre foi a principal fonte de poder das federações e confederações.
O VAR, em tese, diminui tal poder.
Desmoralizá-lo passa a ser uma maneira de retomar o poder.
Quem sabe os protestos levem a desistir da ferramenta, não é mesmo?"


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