Quero VAR no Telão

Quero VAR no Telão

Em tempo: é balela esta história de imagem tridimensional

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Falei com Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF. Para entender a validação do primeiro gol do Inter diante do Bahia. O árbitro Paulo Roberto Alves Júnior validou um gol aparentemente em posição de impedimento de Rodrigo Lindoso.
A validação se deu via VAR. Quis saber de Gaciba quando o árbitro pode conferir lances de impedimento transformados em gol no monitor. Quando é de interpretação. No caso do gol de LIndoso “é decisão de fato, não havia porque ver. Não era interpretativo”.
A polêmica foi tanta que Gaciba divulgou as imagens analisadas pela equipe de arbitragem de vídeo mostrando que Lindoso parte atrás da linha defensiva, em posição legal. A imagem não tirou minha dúvida. Gaciba: “Nós tomamos a decisão de fazer a divulgação dessas imagens pela credibilidade do projeto. Não temos autorização para mostrar essas imagens em todos os momentos, mas acho que nesse momento é importante mostrar que o gol foi legal e por que a equipe do árbitro de vídeo chegou a essa conclusão.” 
Em tempo: é balela esta história de imagem tridimensional.
Fui ouvir Romildo Bolzan, presidente do Grêmio, que recentemente falou no Conselho Técnico da CBF de que o protocolo do VAR está errado. Hoje, um clube precisa da autorização do STJD para liberar imagens e áudio do VAR. Para Romildo, isto deveria ser automático. Este colunista vai mais longe. Ao final de cada partida os dois times deveriam receber todo o conteúdo do VAR.
Romildo é contra a exposição seletiva de imagens. Eu também. Contra a redoma em que se coloca o pessoal do VAR. Idem.
Ele quer transparência total. Acrescento: ou é isto, transparência total, ou o VAR, que veio para ser uma evolução, será uma involução. Voltaremos aos tempos dos porões do futebol.
Romildo concorda quando digo que os lances mais polêmicos do VAR, como o de quarta-feira, onde o torcedor fica perdido, devam ser mostrados imediatamente no telão do estádio. 
Afinal, quem sustenta o futebol, o torcedor, não pode ficar sem saber aquilo que de fato determinou a decisão do VAR.
Tenho certeza de que Gaciba faria tudo isto se pudesse. Mas, e há sempre um mas em tudo, a funesta Fifa proíbe.


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