Roger está feliz com o Inter. E isso machuca

Roger está feliz.
Tem motivos para tanto.
Tirou o Inter da fila.
Feliz, citou as imagens no túnel do estádio Beira-Rio, com ídolos do clube.
E disse que sempre quis estar naquele local.
"Tirar o Inter da fila das conquistas, tenho certeza que vai pavimentar outras conquistas este ano.
É resultado do trabalho.
Todo jogo a gente entra no túnel e vê os ídolos, sempre desejei estar naquele lugar.
Agora estou na história do clube".
Roger, ainda: "Sei como funciona a rivalidade no estado. Vencemos e convencemos.
Reverencio minha ancestralidade.
Todos na família tem lado vermelho e azul. Mas eles me trouxeram até aqui, me fizeram entender o amor por esse clube."
A felicidade de Roger machucou.
Roger foi um extraordinário lateral-esquerdo atuando pelo Grêmio.
Treinou o Grêmio.
Tem placa na Calçada da Fama do Grêmio na Arena, alvo de um "ato de vandalismo".
Minelli, Ênio Andrade, Cláudio Duarte, Otacílio Gonçalves, Tite...
Todos eles foram campeões por Inter e Grêmio, como Roger, e não vi corações machucados.
Talvez porque neste Brasil de hoje Roger Machado surja como um homem decidido a combater o silêncio.
Tem posições políticas transparentes.
Sobretudo na luta antirracista, causa em que se tornou uma das principais vozes no futebol brasileiro.
Roger está feliz.
Feliz por ele, pelo Inter e pelo profissional que é.

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