Romildo prega mudança nas cotas de TV
"Quem tem que debater o assunto, propor mudança, é quem organiza o Brasileiro, ou seja a CBF
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O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, afirma que o momento do futebol está mais do que propício para que se crie uma fórmula de equilíbrio na distribuição da verba da televisão.
"É preciso de uma regulação.
Hoje vemos Flamengo e Corinthians privilegiados.
Quem tem que debater o assunto, propor mudança, é quem organiza o Brasileiro, ou seja a CBF.
Os clubes, quase todos, já fazem este debate vai tempo.
Chegou a vez da CBF tomar medidas.
Nas conversas com dirigentes da CBF percebo que eles também pensam assim.
É mais do que necessário que se passe a debater como se daria a distribuição. Uma ideia é aumentar a cota igualitária e a do critério técnico.
O pay-per-view ficaria com 10% por exemplo."
Não vai muito escrevi o seguinte:
"O contratos de televisão aplicados nesta temporada apontaram um sistema de divisão das cotas na TV mais equilibrado...no papel. A Globo pagou 40% de forma igualitária, 30% por exibição de jogo na TV Aberta, e outros 30% por posição no campeonato. No papel, porque o pay-per-view acabou gerando um abismo entre Flamengo, Corinthians e os demais. Os valores do pay-per-view são imprecisos, mas apontam que o líder em número de torcedores no país, com uma fatia de 18,9%, o Flamengo teria abocanhado R$ 122,9 milhões com o pay-per-view. Em segundo, o Corinthians, com 12,2%, R$ 79,3 milhões. Há um movimento de dirigentes para aumentar a cota igualitária de 40% (R$ 440 milhões) para 50% do valor total distribuído pela TV. Vale lembrar que a TV se baseia em pesquisas sobre o tamanho das torcidas no país para definir os valores a serem pagos. Os dados apenas são repassados aos clubes. O Brasileiro só terá cotas mais igualitárias se, unidos, os dirigentes (maioria) fincarem pé na redução drástica do percentual (30%) que cabe hoje para a audiência, o pay-per-view. Há um critério mais justo e confiável de distribuição, o técnico, a classificação. Não é aceitável que Grêmio e Inter, para ficar apenas nos dois, recebam um terço ou menos do que o Flamengo neste quesito." É exatamente sobre isto que Romildo está falando,sobre mudar o critério atual: "A CBF tornou a Copa do Brasil igualitária e com ótimo prêmio ao campeão (R$ 52 milhões, que serão mantidos em 2020. A Conmebol faz uma distribuição equilibrada da sua premiação. Há um movimento neste sentido. Temos que aproveitar a hora.
Romildo Bolzan também prevê mudanças no Gauchão. No Rio, a Globo não demonstrou interesse em exibir o torneio em 2020. Romildo acha que por aqui o mesmo irá acontecer a partir de 2021: "Teremos que estudar uma outra fórmula de regional, ver outras fontes de receita". Grêmio e Inter receberam juntos R$ 25 milhões este ano (tem um pequeno desconto por conta de impostos). O valor está mantindo para 2020. A grana era de pouco mais de R$ 7 milhões em 2016 . Juventude e Brasil de Pelotas ganharão R$ 1,5 milhão cada por estarem na Série B. Os demais, R$ 1 milhão. Temos no total R$ 36 milhões por um campeonato curto, de estádios quase vazios e poucos atrativos. É certo que Inter e Grêmio sobreviverão sem o dinheiro da TV pelo Gauchão. Mas e os clubes do Interior?
