Sonda, o mecenas do Inter, e Koff. Uma história

Sonda, o mecenas do Inter, e Koff. Uma história

Os anos de ouro do Inter estão ligados a Delcir Sonda, empresário de injetou uma dinheirama no clube e chegou a fazer uma doação de R$ 25 milhões

Hiltor Mombach

Delcir Sonda é parceiro antigo do Inter em negociações envolvendo jogadores

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Os anos de ouro do Inter estão ligados a Delcir Sonda, empresário de injetou uma dinheirama no clube e chegou a fazer uma doação de R$ 25 milhões. Caso Melo seja eleito, Sonda será nomeado vice-presidente de investimentos.
Segue um capítulo das revelações de Fábio Koff feitas para este colunista e para o companheiro Carlos Corrêa e publicadas em quatro páginas no Correio do Povo de 13 de agosto de 2017.
Foi a última entrevista do eterno presidente do Grêmio, lenda do futebol brasileiros, e que viria a falecer em 10 de maio de 2018. 

DELCIR SONDA.
“Deixa eu contar um episódio. Vocês lembram que o Grêmio tinha um campo de treino no Olímpico, não é?
Uma tarde, estava na sala da presidência e desci para ver o treino. Atravessei o campo, eles estavam batendo bola. Aí o Felipão me diz: ‘Presidente, acho que estou ficando louco.

Eu vou lançar um guri com 16 anos”. 
Perguntei quem era:
“O Lincoln”. Treinou e foi uma beleza. Aí mandei verificar a situação dele e não tinha contrato profissional conosco. Sabe quem era o empresário dele? O (Delcir) Sonda.
Chamei então o Felipão na minha sala e disse:
“Se tu botar esse guri, eu estou morto. Porque ele não tem contrato conosco, ele vai embora. É do Sonda. Aí telefonei para o Sonda, que conhecia de Erechim, foi colega de aula do meu irmão. 

‘Ô Sonda, eu quero dar vitrine para o Lincoln, mas tem preço a vitrine que estou dando. O Grêmio tem que ficar com um percentual do passe dele, é quem está exibindo, é vitrine’. Ele me disse que depois conversávamos então. Eu disse que não, pedi que viesse durante a semana, senão o guri ia ficar o resto da vida fora.
E ele veio, foi lá no Olímpico.

Meus colegas de diretoria me diziam:
‘Tu és louco? Vai fazer negócio com o Sonda, que é colorado?’.
Eu disse que ele iria honrar o compromisso comigo. 
E honrou. Levou o guri e a família e assinou o contrato com o Grêmio.”

 


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