Centralismo democrático, azulzinho, piso do magistério e decote
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Essa frase é velha.
Qual a novidade?
Vejamos: os comunistas, conforme a piada que está circulando, não comem mais criancinhas, mas o lanche delas.
O centralismo democrático, praticado pelas esquerdas marxistas-leninistas, era o direito de facção.
Será que agora é o direito de quadrilha?
*
A moça com um belo decote foi barrada pela EPTC.
Um azulzinho vidrou no decote da estudante.
Ela ficou sem a carteira. De motorista.
Hipótese machista: sorriu demais para os agentes na espera de escapar da punição e acabou por despertar num deles a impressão de que teria chance de algo mais pessoal com ela. O cara egou o número com o colega, mandou um torpedo, cantou a guria, que, injuriada (por ter perdido a carteira? Por ser muito ética? Por detestar invasão da sua privacidade?), denunciou-o à EPTC.
Hipótese romântica: o cara se apaixonou e não resistiu a mandar a mensagem.
Hipótese radical: o jogo de sedução morreu. Toda cantada termina em processo. O sexo vai desaparecer. Ou só será praticado com contrato assinado estipulando possibilidades e interdições.
Hipótese materialista: a moça quer ganhar uma grana em cima dos otários.
Hipótese psicanalítica: perversa, ela seduziu o trouxa e depois se vingou do "baixinho".
Todas essas hipóteses são variações da hipótese machista? É possível.
Conclusão: não tente comer a carne onde ganha o pão.
Nada de novo no front.
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Tarso Genro criou o piso salarial nacional do magistério.
Como salário inicial.
Yeda Crusius não quis pagá-lo.
Disse que não havia dinheiro.
Foi ao STF pedir que o piso nacional fosse declarado inconstitucional.
A oposição petista detonou a governadora.
Afirmava-se que ela não pagava porque não queria.
Tarso foi eleito governador.
Disse que pagaria o piso, como salário inicial, mas não imediatamente.
Ao longo dos quatro anos de governo.
Gabou-se de ter retirado a participação gaúcha da ação no STF.
Agora, o governo Tarso voltou ao STF contra o piso.
Não quer pagar retroativamente à entrada em vigor da lei.
Só quer pagar a partir do esgotamento do recurso que ele mesmo impetrou.
Se o STF levar quatro anos para o julgar o recurso, Tarso não paga o piso.
Salvo se for reeleito.
Tarso é Yeda de bigode?
A meritocracia agora se chama avaliação pelo mérito?
Para aplicar uma política tentada pela direita nada melhor do que um governo de esquerda?
Perguntar ofende?
Hipótese ponderada: o governador quer uma solução equilibrada, pagando mais, mas cobrando mais?
Hipótese pragmática e acaciana: fazer oposição é uma coisa, administrar é o contrário.
Hipótese realista: todo discurso de oposição é excessivo. Todo discurso da situação é defensivo.
*
Moral das histórias: o poder é sempre amoral ou imoral.
Um decote pode ser mais perigoso do que um abismo.
A política é a arte de fazer o o contrário do que se disse driblando a contradição.
A corrupção é a arte de cobrar o escanteio, correr para a área e fazer o gol de cabeça: quem vai receber o fornecimento inventa o fornecedor.