Dez sugestões a Michel Temer
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- O senhor ainda pode ser presidente da República. O ano de 2018 está próximo. Candidate-se. O PMDB é seu. Apresente o seu nome, ganhe na convenção (ninguém ousará contestá-lo) e concorra. É algo, segundo me dizem, inesquecível, uma aventura, uma campanha.
- Faça de tudo para conseguir votos. Lembre-se de que o MDB era contra a ditadura e contra eleições indiretas. Siga o passado da sua sigla. Conquiste votos nas ruas.
- Lembre-se de que o senhor foi eleito na carona da presidente Dilma. Na verdade, um vice-presidente não tem votos próprios. Conquiste os seus nas urnas e será feliz.
- Nunca mais traia. É feio. Um vice-presidente deve ser uma estátua.
- Nunca mais conspire. Pega mal. Um vice-presidente deve ser um aliado.
- Nunca mais assine documentos se não puder se responsabilizar pelo conteúdo deles. O senhor pedalou tanto quanto Dilma. Não se exima por sede de poder. Não se esconda.
- Passe pela experiência de pedir votos. Leve o PMDB a um novo patamar eleitoral.
- Nunca mais defenda atalhos para chegar ao poder. O senhor é um constitucionalista. Não exponha seu nome nem comprometa a sua reputação. Prove um crime de responsabilidade, do qual não seja cúmplice, se quiser um impeachment legítimo e historicamente incontestável.
- Não confunda a população mais simples fazendo crer que todo impeachment é legal. Se não houver prova jurídica de crime de responsabilidade, é golpe mesmo.
- Seja mais atento às estratégias partidárias. O PMDB levou um quarto de século para largar o osso do poder e quando o fez era cedo demais. Se achava que os demais partidos o seguiriam, enganou-se. Não existe vazio de poder. Se um sai, outro entra.