Histórias de alunos

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Deputado renunciou à vice-presidência da Comissão de Rodovias da Assembleia

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Caro Juremir:

Na segunda-feira passada, ao sair do trabalho, segui pela Av. Ipiranga e, ao chegar na esquina com a Av. João Pessoa, deparo-me com grupo de adolescentes, dizendo-se alunos da E.E. Inácio Montanha, que fica próxima ao local, portando uma faixa, com a qual postavam-se em frente aos carros durante o tempo em que o sinal estava veremelho. Esses adolescentes pediam dinheiro, alegando ser uma colaboração para a formatura deles.
Logo pensei se a escola teria conhecimento dessa "niciativa, que não me parece nada adequada, primeiro porque coloca os adolescentes em risco, principalemten noa hora do pico. Se a escola sabe e não toma nenhuma medida para impedir, parece-me mais grave, pois é duro acreditar que nossas crianças, concluindo nove séries do Ensino Fundamental, não consigam ter outras iniciativas, mais criativas, para angariar recursos para a festa de fortura e apelam para o mais simplório, para aquilo que é feito pelas pessoas que estão à margem, os "incapazes" e escanteados pela sociedade.
Realmente, é duro acreditar que nossa educação produza tais fatos. Dificil também é pensar no quanto está desarticulada a dita "comunidade escolar", formada por professores, funcionários de escola e pais, que não consegue alternativas mais adequadas para bancar a formatura dessas crianças que, desde cedo, aprendem que se consegue as coisas com o mínimo de esforço intelectual, ou seja, basta ir para uma esquina e pedir. Isso é lamentável, com tantas outras inicitivas possiveis e construtivas existentes.

Baiard

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