O best-seller de um autor na flor da idade

O best-seller de um autor na flor da idade

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O best-seller de um autor na flor da idade

Edgar Morin lançou novo livro faz pouco.
Como dizem os franceses mesmo, está vendendo como pão quente.
Chama-se "La voie".
O Caminho.
O autor vai completar 90 anos de idade no próximo dia 8 de julho.
A festa será no primeiro andar da Torre Eiffel.
Nesse novo livro, que salta das prateleiras das livrarias para as mãos dos leitores, o jovem Morin defende uma ideia simples e impactante: precisamos nos revoltar.
É a sua palavra de ordem.
Às armas, cidadãos.
Não, claro, às armas de fogo, mas ao fogo pelas palavras e gestos de resistência.
Morin, que combateu o nazismo quando tinha 20 anos, combate agora a desigualdade social crescente e os remédios defendidos pelos banqueiros e seus parceiros instalados nos governos europeus.
O velho rebelde está no auge das suas forças.
Prontinho para comandar seus seguidores em barricadas.
Se vacilar, teremos uma nova Comuna de Paris.
Por que será que não vejo nossos intelectuais escrevendo livros assim?
Porque não temos intelectuais.
Temos só especialistas.
O especialista é um burocrata do saber.
O intelectual sai da sua especialidade para tratar dos temas da esfera pública.
Régis Debray, outro intelectual, está nas ruas com um livro sobre o que nos ensinam as catástrofes e tragédias.
O Brasil precisa voltar ao tempo dos grandes ensaístas como Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.
Com eles, havia ideias em circulação.
Caminhos.
É o exemplo de Edgar Morin.
Um jovem de 90 anos explorando seu cérebro incansavelmente.
Saúde!


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