Olímpico, STF, cassados e outras ninharias
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Essa posição distorce a realidade e privilegia o lado tricolor do Rio Grande do Sul, o que obrigará o Inter a conquistar mais títulos relevantes para contrabalançar esse desequilíbrio.
O tombamento do Olímpico impediria um espetáculo muito esperado: a implosão do glorioso estádio do Grêmio, o que atrairá mais público que o show da combalida Madonna.
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Sou totalmente a favor da cassação dos corruptos.
Sou a favor da cassação pela Câmara dos Deputados.
O STF foi além das suas prerrogativas.
Vem fazendo isso ao longo do julgamento do mensação.
Condenou, em alguns casos, sem provas materiais.
Seguiu a pressão da mídia.
Como isso atende ao interesse de alguns, entre os quais a mídia conservadora e os antipetistas, isso tem sido saudado como avanço jurídico. Burlar a lei virou sinônimo de rigor.
O equilíbrio de poderes exige certas sutilezas. O STF condena, o legislativo cassa parlamentares.
Fora desse quadro, o STF se põe acima dos outros poderes.
Estamos vivendo a judicialização total da política.
Luiz Fux foi feito ministro do STF para absolver mensaleiros.
Teve uma crise de consciência e votou contra os mensaleiros.
Dilma Rousseff, em cerimônia no STF, nem o cumprimentou.
Ele ficou magoado.
Depois disso, Dilma vetou a redistribuição dos royalties do petróleo.
O Rio de Janeiro ficou feliz.
O parlamento resolveu derrubar o veto.
Os cariocas foram ao STF.
Fux, para puxar o saco de Dilma, "vetou" a derrubada do veto. Mandou o Congresso votar antes alguns milhares de vetos jamais examinados e que aguardam na fila.
O Congresso vai votar três mil vetos em bloco.
Conclusão: o Congresso não é sério. Nem o STF.
Joaquim Barbosa lê a Constuituição como bem entende. Lê até o que não está escrito nela. Celso do Melo foi mais longe: "O monopólio da interpretação da Constituição pertence ao STF".
Está certo.
Mas não há monopólio da opinião pública.
Joaquim Barbosa é o Hugo Chávez brasileiro.
FHC já havia dado uma de Chávez quando deu um jeito de mudar a Constituição para se reeleger.
Foi um golpe branco.
O segundo mandato de FHC foi ditatorial.
Ou Chávez não é ditador.
Manda e desmanda, interpreta a Constituição a seu bel prazer, vai mandar os condenados para a prisão quando estiver sozinho, sem ninguém para contestá-lo. Como está servindo, os mesmos que condenariam as suas atitudes em outro contexto, aplaudem-no. Esses mesmos que defendem a sagrada vigilância do STF sobre a Constituição condenam a Corte Suprema argentina quando diz que a Lei dos Meios é constitucional. Eu digo que STF e corte argentina estão certos.
Com os textos constitucionais confusos de que dispõem.
Os nossos parlamentares precisam revisar a constituição brasileira para que ela fique mais clara.
Cassação de parlamentares pelo STF é coisa do tempo de ditadura, mesmo que eles sejam larápios. A turma do campo jurídico pode estar feliz com isso por conservadorismo ou orgulho. Há outros olhares. Por exemplo, o olhar da sociologia, da ciência política, do jornalismo e do cidadão.
Se eu fosse o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, eu descumpria e renunciava.
Renunciava à presidência da Câmara para não cumprir.
Ou para firmar posição.
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Termino o ano imparcial: pela implosão do Olímpico e contra a cassação de deputados pelo STF.
Termino o ano implacável: pela cassação dos deputados larápios pelo Congresso.
Obs: dos três deputados cassados só um é do PT. Portanto não há petismo em condenar o golpe dado pelo STF, o que, segundo Paulo Henrique Amorim, igual o Brasil ao Paraguai.