Por que Temer não cai?
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O desemprego no seu governo cresceu.
A reforma trabalhista tirou direito dos trabalhadores.
A imagem do Brasil no exterior é a pior possível.
O protagonismo internacional do Brasil é menor que o do ditador da Coreia do Norte.
Temer parece tão confiável ao mundo quanto Nicolás Maduro.
A Petrobras afundou-se de vez sob o comando do tecnocrata Pedro Parente.
A corrupção continuou a sua viagem pela realidade alucinante do cotidiano.
Denúncias contra o presidente crescem como erva daninha.
As provas de que o amigo Laranja Lima pagou a reforma da casa da sua filha erguem-se como uma sólida parede de pedra capaz de resistir aos impactos dos piores temporais.
Temer vive fora da realidade. Considera-se perseguido. Certamente pelos malfeitos.
Por que ele não cai? Motivos não faltam para antecipar a sua saída.
Mas ele não cai. Gesticula, aponta aquele dedo indecente, esbraveja.
Não cai por ser homem, branco, rico e de direita.
Não cai por fazer parte do clube que manda no Brasil desde sempre.
Não cai por ter feito o jogo do mercado com a sua Ponte para o Futuro.
Não cai por ter adquirido o apoio dos congressistas com a liberação de emendas e cargos.
Por que uma cruzada moral não o derruba? Porque o horror à corrupção no Brasil é seletivo.
Não cai por ter entregue o Pré-Sal às petroleiras estrangeiras.
Não cai por ter o apoio das instituições, que fecham os olhos aos horrores.
Por que o STF não autorizou a quebra do seu sigilo telefônico?
Por que a PGR não apresentou ainda uma terceira denúncia contra ele?
Não cai por ser minúsculo e servir a interesses que lhe espicham a figura.
O futuro certamente falará do breve período de Temer, o minúsculo.