Uma semana de reflexão sobre golpe

Uma semana de reflexão sobre golpe

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Não é simples coincidência


1954 + 1964 = 2016


 

      Não há comparação possível entre 1964 e 2016. É tudo coincidência. Em 1964, Globo, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e quase todos os órgãos da imprensa apoiaram a destituição de Jango. Nada a ver com 2016. Em 1964, não havia mídia. Era imprensa. Faz toda a diferença. A revista Veja nem existia. O seu papel era cumprido pela O Cruzeiro. Jango era acusado de incompetência, analfabetismo e corrupção. Ninguém falava mal dos seus dedos das mãos. Ele tinha todos. Em compensação, debochavam da sua perna esquerda. Era manco. Podia-se falar assim. Não havia politicamente correto. Antônio Callado via nesse problema a origem de todos os males: “Ao que se sabe, muitos cirurgiões lhe garantiram, através dos anos, que poderia corrigir o defeito que tem na perna esquerda. Mas o horror à ideia de dor física fez com que Jango jamais considerasse a sério o conselho. Talvez por isso tenha cometido o seu suicídio indolor na Páscoa”.

Nada há em comum entre 1964 e 2016. Em 1964, o empresariado apoiou a queda de Jango. Em 2016, a Fiesp quer ver Dilma no quinto dos infernos. Em 1964, dizia-se que Jango amava o uísque. Ninguém fala isso de Dilma. Só do Lula. Jango seria um produto do Brizola. Dilma, oriunda do PDT, seria uma criatura do Lula. Nada mais do que uma coincidência. Outra. A esquerda não consegue eleger pessoas competentes. Só fantoches. Para o jornalismo isento de 1964, João Goulart era apenas um bêbado incompetente e sem qualquer cultura.

Callado perfilava Jango em tom menor: “Sabia-se despreparado. É pessoalmente um homem indeciso e os que o conhecem e respeitam têm um adjetivo que lhe aplicam sempre: humilde. Aceitou, empurrado por Brizola, o encargo. E vagou em seus paços do Planalto e Laranjeiras, durante quase três anos (ou três atos) lutando contra a própria inoperância. Dia 13 de março deste ano, incapaz de suportar por mais tempo o desnível entre o que era e o que devia ser, Jango-Hamlet saiu para o comício. Tomara uma refeição ligeira de manhã, na base do chimarrão, e depois, durante todo o dia, não comeu mais nada. Tinha bebido muita limonada e em seguida uísque (nos dois últimos governos da República esse personagem escocês desempenhou papel macbethiano)”.

Jango era acusado de não pensar por conta própria e de não saber formular uma frase sozinho. Até o grande poeta Carlos Drummond de Andrade, cronista bege, permitiu-se arroubos de opinião: “Evidentemente faltavam ao Sr. João Goulart qualidades primeiras para investidura tão delicada”. A maior coincidência diz respeito à palavra golpe. Para muitos que apoiaram a derrubada de Jango e apoiam a saída de Dilma, não houve golpe em 1964 e não haverá em 2016.

Carlos Heitor Cony deseja que Dilma e Lula se ferrem. Sobre 1964, ele escreveu: “O fato é que a prepotência de hoje, o arbítrio de hoje, a imbecilidade de hoje, estão preparando, desde já, um dia melhor, sem ódio, sem medo. E esse dia, ainda que custe a chegar, ainda que chegue para nossos filhos ou netos, terá justificado e sublimado o nosso protesto e a nossa ira”. Quando será esse dia?


Dança dos números


 

      Pesquisas de opinião são como selfies: cada um quer estar no primeiro plano e procura segurar o aparelho. Procurei a última pesquisa DataFolha, sobre intenções de voto para 2018, nos principais espaços da mídia engajada na destituição da presidente Dilma Rousseff. Não encontrei. Deixei de ir ao cinema no sábado à noite, queria ver o último filme com Ricardo Darín, para assistir ao Jornal Nacional da Rede Globo. Nada. Será que me distraí no twitter? O que revelou essa pesquisa ignorada? Aquilo que o título da matéria resume: “Lula e Marina lideram corrida para 2018. Tucanos despencam”. Em dois cenários, contra Aécio Neves ou Geraldo Alckmin, Lula aparece em primeiro, embora, na margem de erro, tecnicamente empatado com Marina. Os tucanos sempre figuram em terceiro.

O inquieto Michel Temer ocupa uma insignificante rabeira com 2%.

Para ele ser presidente da República, fica claro, só se não precisar de votos.

O histriônico Jair Bolsonaro não passa de 8%. É o teto da extrema-direita no Brasil. O enfático Ronaldo Caiado, um dos patrões da bancada ruralista, bate a cabeça no patamar altíssimo de 1%. A briga é mesmo entre Lula e Marina. Nesse cenário, que pode mudar a qualquer minuto, os tucanos nem iriam ao segundo turno. E o PMDB? Não existe. Não iria a um segundo turno nem que uns dez candidatos na frente fossem impugnados. O PMDB perde para o PSOL. O justiceiro mais amado do momento, Sérgio Moro, candidato dos que acreditam em salvadores de pátria, como aqueles que elegeram o impoluto Fernando Collor, o caçador de marajás, empata com o folclórico Bolsonaro, que passa de “Bolsomito”, como querem os seus adeptos, a “bolsomico”.

O PMDB chegou ao poder duas vezes pela vida indireta, sem votos, com José Sarney, filhote da ditadura, e com Itamar Franco. Sem atalho, o PMDB não emplaca. Para ganhar em 2018 a turma que combate o governo atual precisa tomar duas providências: prender Lula, privando-o de direitos políticos, e arranjar urgentemente alguma acusação contra Marina. Aquele discurso de que a “população”, tomando o todo pela parte, não quer mais saber de Lula não se reflete na pesquisa.

O Datafolha tem essa mania de atrapalhar os sonhos da direita. Sempre diminui o número de manifestantes na Paulista, tarefa normalmente das polícias militares, que, estranhamente, nestes casos, contrariando o que sempre fazem, tendem a ver mais do que de costume.

Em três de quatro cenários pesquisados, Lula aparece na frente. Num deles, com cinco pontos a mais do que Marina Silva. Que fenômeno! Quanto mais Lula apanha, mais cresce. Qual será a explicação para isso? Imagino que seja culpa do bolsa-família, esse famigerado instrumento, segundo seus detratores mais sofisticados, de compra de votos e de alimentação de vagabundos. Há quem considere mais importante destacar que Lula tem 53% de rejeição. O que se pode fazer para melhorar o rendimento de Temer? Como pode um homem tão disponível para ser presidente, a ponto de conspirar contra a atual presidente, não despertar o menor interesse dos eleitores de um dos maiores partidos brasileiros?

Nem os peemedebistas votam em Temer.

 

Temer e Macbeth


 

      Estaria o Brasil numa charneca? Em Macbeth, de Shakespeare, as feiticeiras entoam: “O belo é feio e o feio é belo. Pairemos por entre a névoa e o ar impuro”. O ar do Brasil está cheio de impurezas. Pairam feiticeiros sobre o pântano. Noutra cena, em que Macbeth diz nunca ter visto dia tão feio e tão belo, as três feiticeiras fazem suas saudações e profecias. A primeira [seria o jornal Estadão? diz: “Salve, MacBeth! Salve, Barão de Glamis!” A segunda [Seria a revista Veja? vai além: “Salve, Macbeth, salve barão de Cawdor!” A terceira [seria a Rede Globo? crava: “Salve Macbeth! Ainda serás rei”.

Macbeth enlouquece de desejo. Ele já é barão de Glamis pela morte do seu pai. Como será barão de Cawdor se o titular está vivo? Além do mais, Macbeth gosta de esconder o jogo: “E ser rei não está no horizonte da minha crença, nem tampouco ser barão de Cawdor”. Acontece que Macbeth quer ser rei, embora, pelas vias normais, não tenha como. A sua mulher [ela não se chamava Marcela, mas poderia se chamar PMDB vai lhe botar a pilha necessária: “Gostarias de ser grande, pois não te falta ambição; mas falta-te o instinto do mal que deve secundá-la. Aquilo que assim desejas ardentemente, tu o desejas santamente. Não gostarias de roubar no jogo, mas não te importarias em ganhar ilegitimamente”.

Terá o “santo” Michel Temer lido Macbeth?

Quem não tem sangue real nem votos, só tem uma saída para chegar ao poder: matar quem está no trono. Lady Macbeth ensinou a fórmula que orienta os adversários da presidente Dilma e os que usam Eduardo Cunha como instrumento da moralização: “Para enganar o mundo, é preciso ser semelhante ao mundo”. Macbeth mata o soberano adormecido [seria Dilma na letargia da ingovernabilidade?. Mata também quem pudesse denunciá-lo. As feiticeiras, consultadas [seriam os institutos de pesquisa, preveem grandes problemas para o rei ilegítimo [seria a falta de votos de Temer?

Lady Macbeth cai em depressão e entrega o jogo [seria como a ex-amante de FHC confessando, arrependendo-se da confissão, afirmando e negando?.

Macbeth perde o jogo. Macduff joga-lhe a cabeça aos pés de Malcolm, que será o novo rei. Não se toma do povo o que é dele por direito. Ficam duas lições tipicamente shakesperianas: a vida é “uma história contada por um idiota, cheia de fúria e tumulto, nada significando”, salvo, talvez, que homens traem pela fome de poder e de glórias ilegítimas; e “a confiança é o maior inimigo dos mortais”. Quem mandou confiar em alianças com o PMDB de Eduardo Cunha, Romero Jucá e tantos outros Macbeth sem arrependimentos? Na tragédia de Shakespeare, as feiticeiras apavoram o usurpador com as visões de um criança ensanguentada que se tornará uma criança coroada. O filho do rei traído torna-se rei tirando o país do lodo do golpe. Temer é Macbeth. Depois da cartinha chorosa, o vazamento do discurso de posse. O assassinato pode ser uma metáfora sanguinária.

Salvo se Michel Temer for apenas um reles e banal Joaquim Silvério dos Reis.

 

Batismo de lama


 

Eu tinha 18 anos de idade e todas as indignações do mundo. Fui chamado para o serviço militar. Viajei de Porto Alegre a Santana do Livramento disposto a qualquer coisa para não ser soldadinho da pátria. A minha apresentação foi exemplar: cheguei de cabelos compridos e com um livro de Frei Betto, Batismo de sangue, os dominicanos e a morte de Carlos Marighella, embaixo do braço. A reação foi imediata. Recebi a incumbência de desamarrar nós de cadarços de velhos coturnos num quarto cheirando a mofo. Depois de três dias, fui liberado com direito a uma pregação contra o comunismo. Há alguns anos, contei a Frei Betto esse episódio. A minha admiração por ele continua.

É um homem de convicções e autonomia.

Li recentemente uma entrevista dele para a Folha de S. Paulo sobre os desvios de conduta do petismo. Concordo integralmente: “Às vezes tenho a impressão de que a ficha do estrago até agora não caiu para o PT. Seus dirigentes presos, são culpados ou inocentes na opinião do partido? A política econômica do governo é de Dilma ou do partido? Como sugerem Tarso Genro e Olívio Dutra, o PT precisa, urgentemente, fazer uma séria autocrítica. E tentar recuperar seus três capitais simbólicos perdidos: ser o partido de organização da classe trabalhadora, ser o partido da ética e ser o partido das reformas estruturais do Brasil.

Fora disso, o PT estará condenado a integrar a geleia geral da estrutura partidária brasileira”. Ponto.

Frei Betto vê o Brasil migrando do Estado de Direito para um Estado da Direita. O seu balanço é perfeito: “Ao longo de 13 anos de governo, o PT só se lembrou dos movimentos sociais - que lhe deram origem - na hora de apagar incêndios. Não valorizou os movimentos sociais como valorizou os empresários; pouquíssimo fez em defesa da reforma agrária, dos povos indígenas e dos quilombolas; mantém uma carga tributária altamente prejudicial ao consumidor pobre; constrói Belo Monte e outras hidrelétricas sem respeitar as populações locais, sobretudo indígenas e ribeirinhos; aprovou um Código Florestal vergonhoso para um país que fala em preservação ambiental, etc. Enfim, o PT no governo agarrou o violino com a esquerda e tocou com a direita... Embora eu considere os dois primeiros mandatos de Lula e o primeiro de Dilma os melhores de nossa história republicana”.

O problema é que ao chegar ao poder o PT teve um batismo de lama. E não era lama curativa. Era só podridão acumulada para dar e vender. Frei Betto tem razão de criticar a sua antiga paixão. Ele queria mais. Dilma poderá ser derrubada por menos. Os empresários não se veem tão aquinhoados assim pelos governos petistas. Os críticos mais extremistas do petismo sustentam que houve muito afago a índios e que desses anos todos só se salva o Código Florestal. Nas redes sociais, lê-se que o PT quebrou o país.

Os petistas afirmam que FHC fez isso três vezes. Até Delfim Neto afirma que Lula fez bons governos, mas a opinião dele acaba de deixar de contar, pois ele aparece na lista dos que teriam recebido propina por Belo Monte.

Fora todos!


Não há mais vírgula. É tudo ou nada. Em alguns lugares, pela esquerda ou pela direita, grita-se: Fora todos! Parece uma excelente ideia. Os antipetistas, obviamente, contentam-se com a saída de Dilma e para isso consideram boas todas as alianças, inclusive com o impoluto Eduardo Cunha. Nunca um réu por corrupção foi tão providencial aos defensores da moralização do país. Os petistas veem como golpe qualquer tentativa de interrupção do mandato da presidente. Michel Temer vê a destituição da presidente como legítima, um impeachment, e a dele mesmo como golpe. Há uma crise geral de legitimidade e de credibilidade. O melhor para o Brasil seria uma renúncia geral: Dilma, Temer, deputados e senadores. Ninguém mais tem condições de continuar. Não vai rolar. O PMDB está a um dedo do poder e não abrirá mão desse benefício pelo qual trai e conspira abertamente.

O PSDB teme perder se a eleição for agora.

Se o impeachment não passar, Dilma permanecerá no inferno. Eduardo Cunha tem mais nove demandas de destituição da presidente para disparar. A primeira da fila tem a assinatura da OAB. Se o impeachment passar, o PT via tentar infernizar a vida de Temer. A oposição acredita que o poder de infernização petista já era. Parte da população tem uma única certeza: não dá para confiar em políticos. A rejeição é total. Minha avó certamente diria com muita elegância:

– A reputação dos políticos está abaixo do derrière do cachorro.

A resposta de certos peemedebistas para assustar os que pregam novas eleições é curiosa: “Aí a Marina ganha”. Qual é o problema? Marina eleita pelo voto direto seria pior que Michel Temer sem votos? Por que não esperar dos políticos uma contradição absoluta: um gesto de grandeza? Renúncia ampla, geral e irrestrita! Dilma tem direito de ficar no cargo até 2018 se não ficar provado que cometeu um crime de responsabilidade. Pedalada fiscal é conversa para terminar com a insônia da boiada. O problema é que Dilma está encurralada. Não terá apoio para dar um passo. Se ficar, será sangrada a cada dia em praça pública global. O Brasil adotou um presidencialismo que não consegue aturar.

O impeachment está na lei. A condenação por assassinato também.

Para ser punido, basta ter cometido um. E existirem provas.

O fora todos tem a virtude de não fazer discriminações. É universal, democrático e transparente. Trata todos da mesma maneira. Repercute a indignação não seletiva. Só poderia concorrer nas novas eleições quem tivesse ficha limpa ou, mais ainda, nenhuma citação em denúncias de corrupção. É sonhar demais. Na vida real, réus serão juízes. O reinado de Michel Temer desponta no horizonte. Ponte para o futuro ou para o passado? Petistas já falam na batalha do Senado. Jogaram a toalha? Acusaram o golpe? O Barcelona já foi. O Grêmio superou a altitude. O mais difícil ocorre. Que milagre pode salvar Dilma? Somente o milagre da multiplicação dos votos. Para que Michel Temer assuma a presidência da República com alguma chance de dar certo há uma condição: que ela aprenda a usar o whattsapp. Consegue?

 

Simplesmente genioso


 

      Tenho sérias dificuldades para reagir quando me chamam de imbecil ou de gênio. Conforme a época, sou chamado de imbecil uma vez por semana e de gênio uma vez por mês. Ou o inverso. Se me chamam de gênio presencialmente, agradeço como um imbecil. Se me chamam de imbecil olhando nos olhos, correspondo ao elogio. Um semana depois, encontro uma resposta genial para dar. Por outros meios, fico sem saber o que dizer. Tenho escrito muito sobre os acontecimentos políticos que assolam o Brasil: impeachment ou golpe? Minha posição nunca mudou: se ficar provado um crime de responsabilidade, é impeachment. Sem crime de responsabilidade provado, chama-se golpe.

As pedaladas fiscais não me convencem como crime de responsabilidade. É por elas que a presidente Dilma será julgada. A delação de Delcídio Amaral, se ele for capaz de provar suas acusações, enseja um impeachment. Sou um imbecil e um gênio. Desagrado a todos. Mas não estou sozinho. Grandes nomes alinham-se comigo. O primeiro tem algum conhecimento jurídico. Deve ser isso que o levou a declarar: “Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como um golpe". Esse gênio se chama Marco Aurélio Mello. É ministro do Supremo Tribunal Federal. Uma boa companhia.

O jornal Folha de S. Paulo resolveu me fortalecer sem se dar o trabalho de tomar conhecimento da minha existência. O seu editorialista, com aval do dono da casa, escreveu: “Embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável. Não que faltem indícios de má conduta; falta, até agora, comprovação cabal. Pedaladas fiscais são razão questionável numa cultura orçamentária ainda permissiva”. Sou gênio. Sempre pensei assim.

Venho dizendo isso com mais clareza.

O colunista da Folha de S. Paulo Luiz Caversan pensa da mesma maneira: “Se houver crime comprovado, fora Dilma. Se não houver, fora golpe”. Por que tantas pessoas inteligentes pensam como este imbecil aqui? Outro jornalista famoso, Jânio de Freitas, cujo maior defeito seria o esquerdismo, escreveu recentemente que, durante uma palestra, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da linha de frente da Lava Jato, deixou escapar: “[... os governos que estão sendo investigados, os governos do PT, [...". Conclusão de Jânio: “O que a Lava Jato investiga de fato, por meio de investigações secundárias, não é a corrupção na Petrobras, não é a ação corruptora de empreiteiras, não são casos de lavagem de dinheiro: são ‘os governos do PT’ (...) A Lava Jato é, agora declaradamente, uma operação judicial com objetivo político-partidário, cujos atos e êxitos contra a corrupção são partes acessórias”.

Jânio é imbecil ou petralha?

Sou um imbecil genial e um gênio imbecil. Sou principalmente genioso. Sempre me falta inteligência para responder aos que me chamam de imbecil. Sempre me sobra imbecilidade quando me chamam de gênio. A vida tem sido generosa comigo. Não passa uma semana sem que me contemplem com extremos. Sigo o caminho do meio: “midiocre”.

 

 

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