Boca Juniors elimina o Palmeiras e Libertadores terá a maior final da história

Boca Juniors elimina o Palmeiras e Libertadores terá a maior final da história

publicidade

Foto: Nelson Almeida / AFP


O Boca Juniors empatou com o Palmeiras por 2 a 2 no Allianz Parque na noite desta quarta-feira e garantiu a realização da maior final da história Libertadores da América. Isso, claro, se ficar mantido os resultados de campo e o River Plate for o adversário xeneize na decisão. É difícil acreditar a essa altura que a Conmebol possa dar um canetaço e atender ao pedido do Grêmio de ganho de pontos no confronto com os Millonarios.

 

Por tudo que Boca e River representam - importância dentro do futebol argentino (onde têm mais de 70% dos torcedores), títulos, história, rivalidade, ídolos – é inegável que os dois fazem o maior clássico da América do Sul. E esta será a primeira vez que eles vão se enfrentar em uma final de Libertadores. O confronto vai acontecer justamente na última edição do torneio com decisão em confrontos de ida e volta já que a partir de 2019 a final será em jogo único.

 

Uma decisão entre Boca e River sempre gerou divisão entre sonho e temor nos torcedores. Ao mesmo tempo que a grandiosidade do confronto gera expectativa, o medo de perder para o maior rival é algo que preocupa qualquer “hincha” minimamente fanático. Até mesmo o presidente da Argentina, Mauricio Macri (ex-presidente do Boca), admitiu que não gostaria de ver o clássico decidindo o maior título da América. “Prefiro que um brasileiro passe (para a final). Se for Boca e River, o perdedor vai demorar 20 anos para se recuperar”, disse o presidente argentino antes das semifinais.

 

A preocupação de Macri dada como torcedor também leva em conta o cargo de presidente. A final entre Boca e River será questão de segurança nacional. Já é falado na Argentina sobre a possibilidade dos jogos serem disputados em sábados pela tarde e não em noites de quartas-feiras. A proposta seduz a Conmebol pela visibilidade da decisão para mercados de outros continentes e também torna um facilitador para os órgãos de segurança. Ainda não há confirmação, mas a tendência é de que as finais ocorram nos dias 10 e 24 de novembro.

 

Classificação premia coragem do Boca

Apesar da boa vantagem pela vitória de 2 a 0 na Bombonera no jogo de ida da semifinal, o Boca Juniors não teve uma classificação tranquila para a decisão na noite desta quarta-feira. Após o Xeneize sair na frente no primeiro tempo com Ramón Ábila, o Palmeiras virou no começo da etapa final e deu pinta de que poderia chegar aos quatro gols que precisava para avançar. Foi aí que apareceu mais uma vez Dario Benedetto. O centroavante entrou aos 17 do segundo tempo e oito minutos depois marcou o gol que definiu a classificação do Boca.

 

O resultado premiou a coragem da comissão técnica do Boca, que nesta noite teve Gustavo Schelotto no banco em razão da suspensão do irmão Guillermo. O Boca não foi ao Allianz Parque apenas para se defender. O time argentino até teve menos a bola que o Palmeiras, mas foi sempre agressivo em seus ataques. Na escalação, Schelotto apostou na entrada de Villa no lugar de Zárate para ter maior verticalidade. E foi em um cruzamento de Villa que saiu o gol de Ábila no primeiro tempo.

 

Na etapa final, quando o Palmeiras já havia virado o placar e sufocava, Schelotto não optou por colocar mais um volante ou defensor para tentar segurar. Apostou em Benedetto no lugar de Ábila. Foi o centroavante quem marcou o segundo gol e deu a tranquilidade que o Boca precisava. A partir do 2 a 2, o Palmeiras perdeu seu ímpeto ofensivo e o time argentino passou a controlar o jogo para confirmar a sua 11ª classificação para uma final de Libertadores. O Boca agora espera pela confirmação do clássico com o River no julgamento por parte da Conmebol do pedido do Grêmio.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895