River e Boca chegam com mistérios para "Superfinal" da Libertadores

River e Boca chegam com mistérios para "Superfinal" da Libertadores

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River e Boca sonham com a taça da Libertadores - Foto: Conmebol


 

 

River Plate e Boca Juniors vão decidir neste sábado, às 18h (de Brasília), no Monumental de Núñez, a maior final da história da Libertadores da América. Superfinal, a final do mundo, os superlativos usados pelos argentinos para definir essa decisão parecem não ser exagero neste momento. Certamente o encontro entre millonarios e xeneizes no bairro de Belgrano neste 24 de novembro de 2018 ficará para a posteridade.

 

Como não poderia ser diferente em um jogo de tamanha importância, o mistério marcou a preparação dos dois times. As equipes chegam com as escalações definidas apenas para seus técnicos e jogadores. Depois do 2 a 2 na Bombonera marcado por alternativas táticas dos treinadores é provável que tenhamos novidades neste sábado no Monumental de Núñez.

 

River e Boca têm voltas e desfalques para o jogo deste sábado. No River, Marcelo Gallardo não poderá contar com Borré, suspenso, e Scocco, machucado. O capitão Ponzio retorna após ter sido ausência na Bombonera por lesão. No Boca, o desfalque será o atacante Pavón, com lesão muscular. O goleiro Andrada está de volta e deve ser confirmado como titular neste sábado apesar da boa atuação de Rossi na partida de ida. Jara se recuperou de um problema muscular e briga pela vaga na lateral direita com Buffarini.

 

As ausências de Borré e Scocco criam um grande problema para Gallardo, que tem em Rodrigo Mora a única opção de um atacante de ofício para jogar ao lado de Pratto. O uruguaio, porém, vem sendo pouco utilizado na Libertadores e não deve ser escalado como titular na decisão. O técnico millonario, então, terá de encontrar nos seus meio-campistas uma forma de manter a força ofensiva da equipe.

 

O mais provável é que Pity Martínez tenha maior liberdade para se aproximar de Pratto. Gallardo treinou o time de várias formas durante a semana. Ponzio, Palacios e Pity Martínez são os nomes certos no meio-campo. Nacho Fernández, Enzo Pérez e Quintero brigaram por duas vagas na ideia de 4-5-1. O River, porém, chegou a treinar no 4-4-2 com Mora e Pratto na frente e também com o sistema de três zagueiros da Bombonera. Conhecido por costumeiramente surpreender em grandes jogos, não dá para descartar que Gallardo entre em campo com uma formação não especulada pela imprensa, como ocorreu na ida da decisão.

 

Possíveis formações do River







Boca Juniors

As tantas alternativas na escalação do River fazem com que Guillermo Schelotto pense em mudar seu time. Antes do primeiro jogo, todos sabiam que o Boca iria a campo com o seu tradicional 4-1-4-1. Gallardo mexeu na sua equipe e conseguiu ter o controle do jogo nos primeiros minutos na Bombonera. A reação xeneize veio apenas após a lesão de Pavón, quando Benedetto entrou e o time da casa passou a ter dois centroavantes, o que complicou a marcação visitante e equilibrou o confronto.

 

Por ter dado certo na Bombonera, a formação com dois centroavantes para início de jogo neste sábado não pode ser descartada no Boca. Guillermo Schelotto, porém, tem outras opções. Tevez ganhou força nos últimos dias e sua experiência aliada ao histórico de 26 títulos na carreira se tornam um peso importante para a decisão. A entrada de Carlitos manteria Nández aberto pelo lado direito com Villa na esquerda, formação de meio-campo após a saída de Pavón no último clássico.

 

Schelotto ainda pode preparar surpresas. Uma delas seria a entrada do colombiano Cardona, que sequer ficou no banco no jogo da ida. Com Cardona, Nández seguiria por dentro formando um tripé com Pablo Pérez e Barrios, formação usado pelo Boca por quase todo a fase de mata-mata da Libertadores. Gago e até mesmo o garoto Almendra foram especulados numa ideia de manter o 4-1-4-1, mas com Nández aberto.

 

Possíveis formações do Boca







 

 

Diante de tantas possibilidades nas equipes, o jogo deste sábado deve ter muitas variações táticas, assim como ocorreu na Bombonera há duas semanas. Com trabalhos de longo tempo nos clubes, Marcelo Gallardo e Guillermo Schelotto sabem bem como mexer suas peças, o que se torna um atrativo além da questão emocional que, obviamente, terá um peso enorme numa decisão desse tamanho.

 

Regulamento

Na final da Libertadores, o gol fora de casa não vale como critério de desempate. Dessa forma, qualquer empate levará a decisão para a prorrogação. Se persistir a igualdade, o título será decidido nos pênaltis.

 

Histórico

Seis vezes campeão da Libertadores - 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007 -, o Boca Juniors busca alcançar o Independiente como maior vencedor do torneio. O River Plate tentará sua quarta conquista da América - foi campeão em 1986, 1996 e 2015.

 

Torcidas

A torcida do Boca Juniors chamou atenção do mundo ao lotar a Bombonera nessa quinta-feira para apoiar os jogadores xeneizes no penúltimo treino antes da decisão. Foram quase 50 mil pessoas dentro do estádio, que teve os portões fechados uma hora antes do início da atividade. Outros 20 mil torcedores ficaram nos arredores cantando e dando seu apoio aos atletas.

 

Pois neste sábado será a vez da torcida do River Plate fazer sua festa. Os fanáticos hinchas millonarios prometem uma festa Monumental, a maior da história do Monumental de Núñez para receber seus atletas e apoiar ao longo dos 90 minutos. Vale lembrar que apenas torcedores do River estarão no estádio neste sábado.

 

Arbitragem

A arbitragem da decisão da Libertadores será uruguaia. Andrés Cunha, com a experiência de ter apitado a semifinal da Copa do Mundo entre França e Bélgica, vai comandar o apito. Ele será auxiliado por Nicolás Talan e Mauricio Espinosa. Leodán González vai ser o responsável pelo VAR.

 

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