Noite de poesia no Alto da Bronze

Noite de poesia no Alto da Bronze

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Um facho de Sol

Jornalista mineiro Petrônio Souza Gonçalves lança seu terceiro livro neste sábado, no Castelinho

 

Por Luiz Gonzaga Lopes

 

O jornalista Petrônio Souza Gonçalves lança o seu terceiro livro, o segundo de poemas, “Um Facho de Sol como Cachecol” (Realejo Livros), neste sábado, às 20h, no Castelinho do Alto da Bronze Espaço Cultural (Vasco Alves, 432), no Centro Histórico da Capital. Composto por 231 poemas, os textos não têm título, o que é uma inovação na forma de compor os versos pelo autor, vindo cada um poema com a primeira frase em destaque, sendo o título de cada texto. Para Luis Fernando Verissimo, o autor é uma revelação: “Entre o lírico, o irônico, o insólito e o confessional viaja a poesia do Petrônio. Realmente uma revelação”.
Na obra, Petrônio lida com a temática de um homem preso ao seu tempo e pelas paisagens mineiras ao redor, as chamadas “coisas do porão”. O poema de abertura é dedicado ao amigo jornalista Sebastião Nery: “O tempo é mesmo um deus cruel.../ Crava em nossa memória/ A espada enferrujada das horas./ No rosto,/ O traço roto dos anos sem pincel./ Sem demora,/ Minuto a minuto,/ Nos devora./ Nos mastiga com a força do pensamento/ E nos cospe na sarjeta da eternidade”. Há também a lírica voltada ao maior artista mineiro: “Como é que podem chamar / Esse pobre homem de aleijado?! / Aleijadinho... / Logo ele, / Que mesmo alquebrado, / Corpo em chagas, / Martirizado, / Com pés e mãos enfaixados / Se arrastou pelo tempo, / Esculpiu a aurora / E entalhou a eternidade!”

Petros
A obra do poeta mineiro tem o prefácio assinado pelo cronista e dramaturgo Alcione Araújo, falecido em novembro de 2012: “Petrônio de Souza Gonçalves fantasiou e coreografou nossas surradas palavras para dizer ‘Um Facho de Sol como Cachecol’, de um jeito que jamais diríamos”. A capa foi criada pelo cartunista Paulo Caruso. Sobre o livro, há depoimentos de Fernando Morais (“Quem aprecia bons poemas, como eu, vai se deliciar com este ‘Um facho de sol como cachecol’. Como diria Tristão de Athayde, aviso aos navegantes: tem poeta na praça. Dos grandes”) e Zuenir Ventura (“Há na poesia de Petrônio um tema recorrente que ele aborda com muita sensibilidade: o tempo, com sua passagem implacável e fugaz. É o tempo devorador de pessoas e coisas, capaz de ‘cravar em nossa memória a espada enferrujada das horas”). A julgar pela qualidade dos poemas e pelas palavras dos especialistas, a noite será de trans-significação e alta qualidade poética.

 

SERVIÇO

Um Facho de Sol como Cachecol, de Petrônio de Souza Gonçalves

Lançamento neste sábado, 24, às 20h, no Castelinho do Alto da Bronze (Vasco Alves, 432), no Centro Histórico, em Porto Alegre

Editora: Realejo Livros – Santos – SP

240 páginas

R$ 30,00

Vendas: http://www.boaviagemdistribuidora.com.br/Sinopse.aspx?id=111534

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