Uma vida, uma gaita e ponto

Uma vida, uma gaita e ponto

publicidade



Pessoalmente, gostei de ver no livro a precocidade de Renato, o clima da gravação dos discos, as influências de caras como Tio Bilia, a família, o fato de ele ser elogiado e convidado a tocar junto com Edgar Winter e Leon Russel, a gravar com Luiz Gonzaga e até as suas idiossincrasias como o fato de se negar a tocar no Cassino do Chacrinha e depois ceder ao apelo da produção do Velho Guerreiro e o grande projeto educacional e social da Fábrica dos Gaiteiros. São histórias que até seriam conhecidas, mas na observação e na narração de Márcio ganham contornos de quase causos tamanho o tempero do biógrafo. Em tempo, por Márcio ser do ramo da crítica musical, ele tomou o cuidado de dedicar o primeiro capítulo ao instrumento que se confunde com Renato, a gaita-ponto.

 

Combinei uma entrevista para o Márcio sobre o livro. Ele me respondeu prontamente. Por questões de espaço não pude publicar na data de hoje no Correio do Povo, mas ela será publicada integralmente no Caderno de Sábado neste sábado, dia 29. Para Márcio, tive que fazer perguntas como esta, mas afinal quem é "Esse Tal de Borghettinho"? Ele me respondeu assim: "Um dos maiores músicos brasileiros de todos os tempos. Um artista que já tem seu nome inscrito na história musical de nosso país. Afora isso, uma figura encantadora".
Em outra resposta, Márcio fala do seu plano de trabalho: "Procurei seguir pelo menos dois caminhos: um mais pessoal, acompanhando quase que cronologicamente os primeiros 50 anos de vida de Borghettinho (na verdade foram bem mais, pois começo pelo início do namoro dos pais dele, no final do anos 40) e outro paralelo, procurando situar o que estava ao redor. Aí falo da gaita-ponto, do neonativismo existente em Porto Alegre a partir do final dos anos 70, do cenário da música brasileira e internacional daquela época, e ainda um rápido panorama da vida política e cultural do período". Na pergunta final, que não sairá na edição do Caderno de Sábado por questões de espaço, Márcio responde qual foi a inspiração para esta biografia: "Ih, várias. É o meu gênero literário preferido. Costumo dizer que gosto tanto de biografias que leio até as ruins".
Enfim, recomendo a todos que leiam e se deleitem com a vida e obra de Borghettinho e com a prosa açucarada de Márcio Pinheiro. Todos à Saraiva do Praia de Belas ou a qualquer livraria para procurar o livro, comprá-lo e lê-lo. Mais detalhes pelo www.belasletras.com.br

 

SERVIÇO

LANÇAMENTO DO LIVRO "Esse tal de Borghettinho", de Márcio Pinheiro

DATA: 27 de agosto de 2015, quinta-feira

LOCAL: Saraiva do Praia de Belas Shopping (Praia de Belas, 1181)

HORA: 18h30min

GÊNERO: Biografia/Música

PÁGINAS: 256

FORMATO: 16x23cm

EDITORA: Belas-Letras

 

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895