A Ordem dos Assassinos
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Hassan, agora “o senhor da montanha”, chamou de Ad-Dawa Al Jadida (a transmissão da nova doutrina) esse grupo. Mas o nome que os tornou conhecidos e provocou arrepios foi “Hashashins”, derivado de “hashashishins”, ou fumadores de haxixe. Tendo a droga como motivador pessoal e suporte econômico, Sabbah comandou uma estrutura composta por quatro níveis hierárquicos de matadores, onde os “Fida’i” (devoto, que põe sua vida em risco pela causa) eram os soldados do crime. Segundo Marco Polo, todos jovens e usuários da droga recrutados como executores, cruéis e frios no ato de matar, também treinados para invadir domicílios. Há quem diga que, até serem exterminados cerca de duzentos anos depois pelo general Mongke Khan, neto de Genghis Khan, após falharem no seu atentado, houve distorções ao se contar a história dos “hashashins”. Sua missão seria justificável, nenhum inocente morreu, o mundo era outro e etc.
A execução dos dois primos em Gravataí, obrigados a cavar a própria cova para depois serem fuzilados e incendiados, mostra que seitas assassinas seguem firmes e com adeptos. Se os Hashashins ostentavam seus crimes em praça pública, para horrorizar seus inimigos, hoje os caras postam sua crueldade em rede social. Quinta passada, os policiais gaúchos não receberam só a triste notícia da esmola indecente e indigna depositada em forma de parcela salarial. Notícia ruim nunca vem sozinha. Havia alerta sobre a possibilidade de “salve geral” proclamado por integrantes do Primeiro Comando da Capital. A fim de comemorar seus 31 anos de fundação, talvez eles mandassem matar policiais Brasil afora. E os matadores de Gravataí se dizem de uma dessas “grifes” bizarras da violência vinculadas ao tal PCC - organização de bandidos fundada por assassinos e políticos, parceiros de crimes em São Paulo. Sim, eles se ajudam. E nós? A humanidade segue com suas não-evoluções. Terrorismo pouco é bobagem.