Uma doença chamada violência
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Estamos voltando aos convívios sociais. Estamos voltando a interagir. E deveríamos voltar melhores, depois das lições da pandemia, mas parece que não.
Só nos últimos dias, uma penca de fatos tristes. Destaco dois. A morte de um jogador, pai de família, atleta amador e cidadão exemplar, em Carlos Barbosa, por uma discussão banal de futebol. Uma criança de 3 anos órfã de pai pela atitude extremamente violenta e descabida de um jovem de apenas 21 anos que, segundo constam nas notícias policiais, "não sabia que o resultado seria tão grave". Então se agride um semelhante sem imaginar o que pode acontecer?
Triste. Muito triste. Uma ausência total de valores humanos. Uma tragédia que nasce na ação humana violenta e desproporcional.
E o caminhão que arrastou um carro propositalmente, em Passo Fundo? Bizarro. Horrível. Isso é jeito de se resolver uma desavença?
Eu assistia o Cidade Alerta, na TV Record, e entre essas notícias todas vejo que um prefeito, no norte do país, e um adversário político, após se hostilizarem em redes sociais, marcaram uma luta de MMA para trocar porradas e resolver as diferenças.
Não sei se é coisa pra rir ou pra chorar, sinceramente.
Em que mundo estamos? Nossa pior doença se chama violência. Temos medo do coronavírus e suas variantes mais perigosas, sim. Mas vivemos com medo de nós mesmos, antes de tudo.