500 Milhas de Indianápolis "das gerações" poderá ver história escrita com um pentacampeão

500 Milhas de Indianápolis "das gerações" poderá ver história escrita com um pentacampeão

Hélio Castroneves tenta quinta vitória inédita num grid que reúne jovens e veteranos pelo troféu mais cobiçado do esporte

Bernardo Bercht

Brasil mira a história com Castroneves

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Enquanto a Fórmula 1 devolve o automobilismo à vitrine para a geração Twitter/TikTok, do outro lado do Atlântico a Fórmula Indy também escreve uma história revigorada. E a geração "Drive to Survive" - que descobriu o esporte através do seriado da Netflix - poderá ver uma nova lenda surgir nas 500 Milhas de Indianápolis: no mês de maio, o brasileiro Hélio Castroneves tenta ser o primeiro pentacampeão da corrida mais tradicional do mundo com a novata equipe Meyer Shank Racing.

Hélio evita falsas modéstias, mas reverencia os tetracampeões A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears. "Agora, faço parte de um grupo de elite, ao lado de poucos pilotos. Somente quatro pessoas conseguiram isso e tenho orgulho de estar nesse time", destaca. Depois de vencer sua quarta Indy 500 no ano passado, ele se encontrou com trio, oportunidade única e para sempre de unir todos, já que Al Unser morreu em 9 de dezembro de 2021.

"Foi inesquecível e surreal. Fiquei nervoso e tive que brincar. Perguntei para eles onde pegava a carteirinha do clube dos tetracampeões", comentou o piloto brasileiro que largará para tentar fazer história de novo aos 47 anos de idade.

Logo depois da vitória, em 2021, ele definiu de onde vem a motivação para seguir com a mesma velocidade, beirando os 400 km/h. "É aquela subida na grade depois de vencer as 500 Milhas! Isso me deixa tão empolgado, que ali na hora, naquele dia, eu nem vi que ganhei um beijo do Mario Andretti (campeão mundial de Fórmula 1 em 1978 e da Indy 500 em 1969)! É o que me motiva para dar o meu melhor e seguir conquistando."

E já que o Brasil ainda não encontrou sua renovação na categoria, outro veterano que sabe tudo sobre cada uma das 500 milhas também quer acrescentar à sua lenda. Tony Kanaan pode completar 25 anos de Fórmula Indy em 2023 - mesma idade do companheiro de Chip Ganassi e atual campeão da categoria Alex Palou - e quer chegar ao bicampeonato. "Já consigo ouvir os fãs gritando, os motores rugindo e os aviões cruzando sobre a pista na hora da largada", comentou em entrevista ao site oficial da Indy.

Curiosamente, Tony teve a aposentadoria "cancelada" pela Covid-19, já que os eventos que planejou para isso, ainda em 2020, ficaram sem torcida. Agora, ele quer seguir acelerando nas 500 Milhas sem limites para parar. "Não tenho um plano, mas a gente vai resolver", avalia.

Para renovar, o Brasil terá de esperar um pouquinho. Nas categorias de base dos Estados Unidos, a chamada "Road to Indy", Kiko Porto foi campeão da USF2000 e pode aparecer a partir de 2024. Da Europa, Felipe Drugovich ainda aposta muito em chegar à Fórmula 1, mas pode mudar os caminhos e ser um fortíssimo candidato a ganhar corridas na Indy.


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