Dixon lidera dia com batida de Alonso em Indianápolis, Sato é 2º e comenta troca de estações

Dixon lidera dia com batida de Alonso em Indianápolis, Sato é 2º e comenta troca de estações

Fernando Alonso foi o primeiro a carimbar o muro, mas carro sofreu danos pequenos

Bernardo Bercht

A sombra do muro no autódromo mudou, mas o comportamento dos carros, nem tanto

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Passaram as estações, nada mudou... As 500 Milhas de Indianápolis migraram de maio para agosto, trocaram a primavera pelo verão, mas uma coisa não mudou: Scott Dixon na liderança. O neo-zelandês multi-campeão foi com alguma folga o mais rápido dos treinos nesta quinta-feira, ao anotar média de 226.102 milhas por hora a bordo do Dallara-Honda da Ganassi. O dia foi marcado pelo primeiro acidente, e quem batizou o muro foi Fernando Alonso, mas nada muito grave para o nono colocado nas atividades.

O segundo colocado foi o vencedor da Indy 500 de 2017, Takuma Sato. E foi sobre a mudança nas estações - troca de posição do sol, vento e temperatura - que o Pitlane questionou o experiente japonês. "A sensação no asfalto está similar, mudou um pouco a direção do vento e a luz é diferente", explicou o piloto. "Na verdade o que foi mais curioso é que peguei alguns ventos frontais, que entraram pela refrigeração do cockpit e deslocaram minha mangueira. Aí ficou bem quente. Vamos ter que afixar melhor", revelou.

Charlie Kimball, por sua vez, comento que até então os times estão lidando bem com a troca de datas. "A pista está parecida, dentro do esperado para essas condições. A umidade do ar está maior que o normal em maio. Parece um pouco diferente aqui e ali quando a gente olha, mas quandovai para a pista, o time fez um trabalho excelente no acerto."

No geral, os pilotos seguem relatando que a principal dificuldade para acertar o carro é o aeroscreen. "Ele cria essa barreira que desvia o fluxo de ar para o alto, e cria uma turbulência diferente. Principalmente para andar com outros carros e ultrapassar, é bem difícil", citou Sato.

A Honda seguiu com alguma vantagem no dia. Marco Andretti foi o terceiro, para o time do seu pai, enquanto o melhor Chevrolet foi Conor Daly, a bordo do carro da Carpenter. Em quarto, ele registrou média de 225.249 milhas. A surpresa foi o estreante Alex Palou, com um ótimo quinto tempo. O espanhol doido para mostrar serviço.

Falando em espanhol, Fernando Alonso não resistiu à tentação de alargar um pouco a pista... Tocou na linha interna do traçado, perdeu a frente, ainda buscou, mas aí o asfalto ficou curto e o muro mais próximo. Uma estampada bonita deu aquela sacudida no bicampeão de Fórmula 1, mas os danos ao carro foram pequenos. A hora de treino perdida, contudo, pode fazer falta eventualmente.

Entre os brasileiros, Tony Kanaan foi melhor, em 15º, num dia low profile para ambos os campeões da Indy 500. Hélio Castroneves andou bastante de cara para o vento e foi o 17º com a Penske. Ainda assim, ambos ficaram confiantes com o ritmo de tanques cheios.

 

 

 

 


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