A Ferrari SF-25 é o carro que mais gera expectativas na nova temporada da Fórmula 1. A pena de Loic Bigois, com Diego Tondi e assessoria de Rory Byrne, trouxeram soluções interessantes para evoluir o projeto de 2024, além de mudar conceitos importantes na suspensão.
Sim, a principal mudança da primeira Ferrari de Lewis Hamilton está no acionamento pullrod da suspensão dianteira. Enrico Cardile, que foi embora para a Aston Martin, não acreditava na importância dessa troca, mas agora o time segue a tendência do grid e troca o pushrod.
A nova suspensão libera o corredor inferior de ar para o assoalho e a região sob as esculpidas laterais do carro. Além disso, permitem um trabalho melhor de desviar turbulência das rodas dianteiras e dutos de freio. Por fim, a característica anti-mergulho do pullrod é mais natural, o que evita que a carroceria bata no chão e cause mais porpoising ou bouncing.
Claro que a troca por um sistema todo novo pode gerar dificuldades de acerto e, teoricamente, a sensibilidade para o piloto também pode reduzir um pouco nas frenagens.
Já que falamos nas laterais, Bigois trabalhou muito na compactação dos sistemas de óleo e refrigeração, com lados esculpidos de diminutos. Não é um zeropod, mas é miniaturizado. O desenho gera um grande latifúndio para energizar a parte superior do assoalho. O canhão estilo Red Bull também foi recuado, criando quase uma asa sobre a lateral, que guia o ar.
As entradas de ar mantêm o conceito em "L" invertido, mas com a perna superior com ângulo de ataque em diagonal e o eixo principal bem mais estreito que 2024. No todo, a quantidade de ar entrando segue similar, mas o desenho permite um controle maior do ar que vai para o assoalho gerar efeito-solo.
Atrás disso, a Ferrari retomou o uso em profusão dos canais sobre a carenagem, com um desenho sofisticado rumo ao difusor e asar traseira. A entrada de ar do santantônio é mínima, triangular, também com enfoque em minimizar turbulência. O SF-25 ainda dispensou a barbatana de tubarão sobre o motor, agora com uma leve protuberância e uma série de guelras para liberar o ar que sai dos radiadores na espinha dorsal do motor.
A asa traseira usada em Fiorano também é completamente nova, com uma cara aerodinâmica bem baixa e formato "colher" no centro. Nas voltas de Charles Leclerc e Hamilton, pareceu um carro positivo para apontar para dentro das curvas, mas com algumas saídas de traseira. Claro, que ainda é o momento preliminar do acerto.
