Hinchcliffe lidera primeiros treinos para a Indy 500, Alonso volta embalado em quinto

Hinchcliffe lidera primeiros treinos para a Indy 500, Alonso volta embalado em quinto

Canadense surpreendeu companheiros que farão temporada completa em 2020, enquanto espanhol foi o melhor Chevrolet

Bernardo Bercht

Espanhol não demorou para se adaptar ao aeroscreen e à nova estrutura da McLaren

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O canadense James Hinchcliffe seguiu sua história peculiar com as 500 Milhas de Indianápolis ao liderar o primeiro treino da edição 104, nesta quarta-feira. O piloto - que fez pole, ficou de fora do grid e quase morreu em acidente na pista - apareceu bem na foto de uma das poucas provas que vai disputar em 2020, num contrato parcial com a Andretti. Quem apareceu em pleno ritmo também foi o bicampeão de Fórmula 1 Fernando Alonso, com um bom quinto lugar a bordo da McLaren.

Hinchcliffe virou uma média de 224.526 milhas por hora, na primeira experiência que todos tiveram com o aeroscreen no oval mais famoso do mundo. Os tempos ficaram abaixo, contudo, das marcas obtidas no ano passado. Takuma Sato tinha, então, aberto os trabalhos com 226 milhas de média. A turma claramente ainda ver ter que trabalhar forte no equilíbrio aerodinâmico, com a nova peça montada para proteger os pilotos.

O dia foi também de vantagem para os Honda, com Marco Andretti em segundo, Scott Dixon em terceiro e Ryan Hunter-Reay formando um paredão de veteranos cascudos. Alonso foi o melhor Chevrolet com 223.238 milhas. Talvez aproveitando um pouco da rodagem-extra que teve no treino de renovação, para os que não disputaram provas desde o ano passado, ou novatos. Ali pertinho, em sexto, Josef Newgarden mostrou que a Penske não vai ficar fora da festa.

Para os brasileiros, o dia também foi de reencontrar o ritmo, principalmente Hélio Castroneves que ainda não tinha corrido em 2020. O tricampeão da Indy 500 anotou o décimo tempo, já na casa das 222 milhas por hora. Curiosamente, andou em formação com o compatriota Tony Kanaan, 11º, com a Foyt.

A dupla, por sinal, tem um novo e enorme incentivo para a edição de 2020 da Indy 500. Ambos querem uma vaga para a temporada do ano que vem, após os planos de médio prazo terem ido para o ralo com a Covid-19. Hélio foi avisado que o time da Penske na IMSA vai deixar de existir e Tony, por sua vez, avisou que não conta mais 2020 como sua temporada de despedida, pois quer dar mais à torcida, impedida de comparecer nos eventos.

Felizmente, o dia foi livre de acidentes, apenas com bandeiras amarelas para checagens e limpezas do oval. A grande ausência foi da Dragon, que não conseguiu aprontar seu carro para Ben Hanley fazer as voltas de renovação. Vão ter que recuperar bastante terreno até o dia da classificação.


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