Leclerc entrega de bandeja e Verstappen vence com folga o GP da França de F1

A Ferrari serviu de bandeja e Max Verstappen comeu voraz o banquete no GP da França. Charles Leclerc errou sozinho, desperdiçou uma grande chance de vitória e o holandês disparou para ganhar e abrir uma enorme diferença no campeonato. Agora são 63 pontos. A Mercedes também aproveitou para fazer um pódio duplo, o quarto seguido de Lewis Hamilton em segundo, com George Russell em terceiro.

A largada da corrida teve Leclerc impecável assumindo a ponta e grandes arrancadas de Hamilton e Fernando Alonso. O britânico pulou para terceiro, o espanho disparou de sétimo para quarto, superando Lando Norris e George Russell numa bela manobra nas duas primeiras curvas.

Depois, claro, o maior desempenho da Mercedes se impôs e ele retomou a posição. Lá atrás, Sainz rapidamente escalava o grid para ser 14º, algumas voltas depois já entrava na zona de pontos. No enrosco do pelotão, Esteban Ocon bateu no meio do carro de Yuki Tsunoda e destruiu a corrida do japonês. Tomou uma punição de 5 segundo que seria extremamente branda, após ele dar sorte com o safety car e cumprir sem maiores perdas.

Lá na frente, Verstappen tentava de tudo para pressionar a Ferrari, mas Leclerc colocava o carro nos lugares errados sempre na hora certa. A dupla foi assim, num duelo tático, mas sem efetivamente chances do holandês passar. Com pneus mais desgastados, ele foi para os pits.

A partir daí, parecia que a corrida ficaria na mão do monegasco. Por pouco tempo. Leclerc errou sozinho, na curva longa após a reta Mistral. Rodou e bateu no muro. Um momento miserável, um urro de frustração no rádio e o campeonato indo de vez para o brejo.

Veio o safety car e todo mundo parou para as trocas. A parada, meio que obrigatória, prejudicou um pouco a tática de Sainz, que teve que colocar os pneus médios mais cedo. Ainda assim, na relargada ele veio atropelando a galera.

Escalou até chegar na cola de Russell e fez uma ultrapassagem linda, por fora. Quase pareceu uma ironia em cima de Leclerc, já que segurou na sujeira, na mesma curva que o companheiro bateu. Depois, deu um nó em Perez no trecho sinuoso e também foi embora com o terceiro posto. Veio mais um erro de julgamento da Ferrari. Apesar do desgate, ele parecia ter ritmo para segurar o lugar no pódio. O time chamou para parar. Como tinham liberado ele de forma insegura no pit anterior, uma punição de 5s atrapalhou ainda mais.

Com Hamilton tranquilo em segundo e sem conseguir atacar Verstappen, a batalha do pódio era entre Perez e Russell. O britânico tentava de tudo e, inclusive, bateu na lateral do mexicano; empurrando ele para fora da pista. O que mudou a luta foi o abandono de Guanyou Zhou. Veio um safety virtual e Perez "babou" na relargada. Ficou parado enquanto Russell acelerava e passava fácil para terceiro. O mexicano ainda tentou dar o troco, mas não conseguiu um ataque efetivo.

Sainz ainda passou uma galera, até superar Alonso para ser quinto. Fez a volta mais rápida, mas foi pouca consolação numa prova em que a Ferrari devia ter dois carros no pódio. Quase um cheque-mate da Red Bull, que cada vez mais dispara para ser campeã de construtores.

Na bandeirada, Verstappen cruzou com mais de 10s de vantagem para Hamilton, com Russell em terceiro e Perez um frustrado quarto. O quinto foi Sainz. Alonso fez uma corrida sem maiores percalços em sexto, controlando a vantagem para Norris e somando pontos importantes na briga dos construtores com a McLaren. O safety car transformou um zero pontos de Ocon num oitavo lugar para a Alpine assumir o quarto posto nos construtores. Ricciardo foi nono, enquanto Lance Stroll segurou o ataque total de Sebastian Vettel para somar o pontinho da Aston Martin.