McLaren aposta todas as fichas em carro radical e espera recuperação da Honda

Seguindo em direção ao cockpit, um pequeno mistério que gera expectativa. A McLaren adotou um slot de ar parecido com o que a Red Bull já usou. O ar entra ali e vai para algum lugar gerar pressão aerodinâmica. Também herdado da Red Bull, está o ângulo de "raking" extremo. O novo McLaren é extremamente inclinado para a frente, na relação da altura do assoalho traseiro para a dianteira.

Até as rodas mereceram atenção dos engenheiros. A McLaren enviou um desenho à Enkei para produzir um serrilhado lateral que canaliza o ar, reduzindo turbulência e alimentando os defletores laterais.

Na traseira, o trabalho de emagrecimento iniciado em 2015 ganhou mais um passo evolucionário neste ano. Como por mágica, a McLaren quase não tem cintura, removeu uma costela ou usa espartilho... As laterais são pequenas desde a altura do cockpit e desaparecem no ângulo Coca-Cola mais extremo entre todas as equipes. Isso garante uma área limpa de assoalho gigantesca para gerar downforce no difusor.

Os esforços foram enormes no projeto e a McLaren não tem mais tempo para viver de pontinhos. Tudo está nas mãos da Honda, agora, em entregar um motor que permita aos campeões Fernando Alonso e Jenson Button reviverem glórias.