Mercedes defende título da F1 com traseira super compacta e segredinho na dianteira

Mercedes defende título da F1 com traseira super compacta e segredinho na dianteira

Modelo W12 arrisca pouco para garantir carro vitorioso em busca do octa de Lewis Hamilton

Bernardo Bercht

Ajustes na pintura, regime traseiro e detalhes no cockpit marcam o W12

publicidade

Em time que está ganhando se mexe um pouco... A Mercedes deu um retoque na pintura em prata sobre o preto, refinou conceitos, mas não trouxe qualquer revolução para o W12, com suas pretensões de empilhar mais um título para os alemães e o britânico Lewis Hamilton. Mas as novidades estão lá, principalmente na traseira do carro.

Claramente, James Allison gastou os "vale-atualizações" da FIA para aumentar ainda mais o regime traseiro, que já era radical. O Mercedão foi tão compactado nas laterais e cobertura do motor, que ganhou um "calombo" para permitir o encaixe dos sistemas internos do turbo e exaustão.

A curvatura das laterais é a mais radical mostrada até aqui, com uma curva extremamente acentuada em direção ao motor e caixa de câmbio. Os sistemas internos terão muito pouco espaço para respirar, uma demonstração de confiança da resistência térmica dos alemães com seu conjunto. O objetivo de toda esse trabalho de escultor, claro, foi liberar o máximo de assoalho possível, já que o novo regulamento atorou grande parte da área utilizável ali. A aposta é que a Mercedes já recuperou a maior parte desse ar para alimentar seu difusor.

Vamos lá para a frente, então, que é onde a Mercedes sempre quer estar. Bico e aerofólio mantiveram a receita campeã, assim como a aleta em forma de colher que virou a coqueluche na maior parte dos carros do grid.

A novidade está bem escondida no monocoque, mais precisamente nas laterais do cockpit, logo atrás das fixações da suspensão. O W12 ganhou dois slots, ou aberturas, que aparentemente canalisam mais ar para o assoalho, só que na parte da frente. Até onde o analista aqui já observou, é a primeira vez que esta interpretação aparece no design dos F1 da atual geração, aquela coisinha que pode fazer toda a diferença.

O time que todos querem derrubar não dormiu nos louros, claramente. Tudo indica que será mais um ano de vitórias para Hamilton e o companheiro Valtteri Bottas e, com evoluções diretas dos carros, não há muito onde errar. Hora de ver se os alemães continuam gabaritando, ou deixaram algum espacinho para Red Bull e companhia incomodarem.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895