Norris massacra rivais e vence GP de Singapura de Fórmula 1
Verstappen fez a corrida possível para seguir forte na liderança do campeonato
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Lando Norris atropelou, pulverizou a concorrência e venceu o GP de Singapura de Fórmula 1 neste domingo. A McLaren sobrou tanto que o britânico teve direito a cometer três erros e quase acabar no muro, ainda assim finalizando a quase 30s de Max Verstappen. O holandês cruzou em segundo, tirando tudo da complicada Red Bull para se manter favoritíssimo ao título. Oscar Piastri completou o pódio sem qualquer inspiração, numa corrida em que foi trucidado pelo colega de McLaren e que deveria estar em segundo, no mínimo, para ajudar o campeonato.
Atrás dessa turma, os destaques acabaram sendo George Russell, segurando uma Ferrari mais rápida de Charles Leclerc; e Fernando Alonso, pressionando a outra Ferrari rumo ao oitavo posto.
A largada teve seu momento histórico, Norris pela primeira vez arrancou na frente e completou a primeira volta na liderança. A reta curta antes da primeira curva ajudou, mas a partir daí o trabalho dele estava facilitado. Começou a abrir a partir da quinta volta e não parou mais. Em terceiro, Lewis Hamilton e a Mercedes cometeram um baita erro tático com o pneu macio para largar. Tirou todas as chances de um pódio bem possível.
Atrás, Sainz se atrapalhou no pelotão e acabou perdendo posições. Alonso e Leclerc usaram a saída de escape para evitar acidentes. Alex Albon tomou uma torpedeada do companheiro Franco Colapinto, desabou no grid e reclamou muito no rádio da Williams.
Hamilton já reclamava da borracha macia derretendo e ainda segurava Russell, que podia imprimir um ritmo melhor. Uma escolha errada derrubou a corrida dos dois pilotos. Nico Hulkenberg segurava uma boa fila de Alonso, Leclerc, Sainz e Perez. O mexicano novamente fora de ritmo e sem confiança.
A batalha tática começou quando Hamilton teve que parar com a sola do sapato encostando no chão. Norris marcava o undercut de Verstappen e os dois foram bem longe nessa batida. Alonso e Sainz também pararam cedo. O espanhol da Aston Martin deu jeito de passar dois carros mais lentos e logo entrou em modo total de conservar pneus.
Verstappen foi chamado, Norris errou e quase deu de frente no muro, danificando de leve sua asa dianteira. Mas sobreviveu. Quando todo mundo voltou da troca, Norris já tinha 26s. A distância foi tal que ele voltou dos pits na frente do colega Piastri que não tinha parado ainda. A diferença de ritmo entre os dois constrangedora para o australiano. Só que a McLaren tinha muita folga e logo ele poderia atacar Mercedes e Ferrari.
O undercut de Hamilton não funcionou nem para segurar George Russell e o garotão assumiu o terceiro lugar. O heptacampeão, por sua vez, não teria qualquer chance de segurar Piastri e Leclerc. Tentou aquela espremida pouco inspirada e foi isso. Piastri foi à caça de Russell e também disparou para o terceiro posto.
Na reta final simplesmente não havia briga entre os dois primeiros, Norris a 30s do resto. Daria até volta no oitavo lugar. Verstappen fazia tudo e mais um pouco, Perez nem o mínimo. O mexicano demorou para passar Colapinto e, depois, ficou engatado atrás de Hulkenberg. O alemão tirou 4s de diferença para Alonso, o oitavo, mas o espanhol é matreiro e tinha salvado muita borracha para o final. Ficaram num trem até as voltas finais. Perez tentou uma vez no grampo, apontar por dentro. Hulk fechou e o mexicano sumiu.
No finalzinho, Leclerc encostou em Russell, mas os pneus da Ferrari tinham superaquecido. O britânico botou a Mercedes no lugar errado em todas as horas certas e manteve o quarto lugar.
Norris desfilou para a vitória sem desafiantes. Faltou só a volta rápida, que a Red Bull matreira colocou Daniel Ricciardo a trocar pneus no fim e surrupiar o pontinho. Verstappen confirmou o segundo lugar, seguido de Piastri, 40s atrás da McLaren líder... O quarto foi Russell, com Leclerc em quinto e Hamilton um emburrado sexto. O sétimo ficou com Sainz, que ainda sofreu alguma pressão de Alonso. O espanhol com um excelente oitavo lugar. Hulkenberg mandou super bem para ser o nono com a Haas. Perez levou o ponto final, mas devia ser o ponto final da sua carreira.
