Os "interésses" no adeus de Montezemolo e os possíveis compradores da Sauber
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E se foi o Montezemolo... Depois de negar o quanto podia, o poderoso Luca da Ferrari anunciou nesta quarta-feira que deixara o comando da Scuderia até o final de 2014. No mercado de automóveis, a companhia é um sucesso estrondoso e a maior margem de lucros da Fiat nos seus empreendimentos, mas na pista a última década deixou a desejar, após o domínio completo de 2000 a 2004.
Nos bastidores, Montezemolo era ferrenho opositor de algumas propostas do supremo comandante da Fiat, Sergio Marcchine. A gigante automobilística quer utilizar a boa estruturação financeira da Ferrari para reforçar o poder de barganha da Fiat na busca por consolidação financeira, enquanto o velho Luca por várias vezes buscou meios de deixar o Cavalino como uma entidade separada e independente. A falta de sucesso nas pistas foi a escapatória perfeita para tirar seus poderes. Resta saber se a substituição da "mão de ferro" vai fazer bem ou mal para os carrinhos vermelhos.
Vende-se Sauber, precisa reparos na lataria, mas bem conservada...
A outra notícia dos bastidores é que Peter Sauber está próximo de esgotar suas possibilidades para seguir mantendo a equipe de Fórmula 1. Já teria colado o cartazinho na janela e negocia com investidores internacionais, pois as negociatas com patrocinadores russos, em meio ao conflito na Ucrânia, estacionaram.
Outra via que foi trabalhada, a suíça Simona de Silvestro parece ter dificuldades em completar um programa de patrocinadores para 2015, que garantiria sua estreia no cockpit. Não fez mais testes com o carro e, o que era promissor para o retorno de uma mulher aos Grandes Prêmios, agora parece distante novamente.
Sem grandes acordos para sustentar o time, a venda retornou seu posto de prioridade. O nome da vez pelo menos não traz seu dinheiro de terras desérticas ou orientes esquisitos. O canadense Lawrence Stroll estaria interessado na negociação que manteria o time no grid. Seu filho Lance Stroll faz parte da academia de pilotos da Ferrari e a compra garantiria um cockpit razoável para o herdeiro no futuro. Enquanto isso, Giedo van der Garde poderá ser outra garantia de recursos, com o holandês próximo de assinar para 2015 com apoio da grife de roupas McGregor.
