Palou aproveita maldição da Penske e vence prova eletrizada da Indy em Elkhart Lake

Palou aproveita maldição da Penske e vence prova eletrizada da Indy em Elkhart Lake

Newgarden liderou quase toda a corrida, fez tudo certo, e viu quebra de câmbio botar tudo a perder

Bernardo Bercht

Espanhol dispara de novo na pontuação

publicidade

A maldição da Penske seguiu fortíssima, neste domingo em Elkhart Lake, e quem capitalizou foi o espanhol Alex Palou. Na sombra de Josef Newgarden durante quase toda a prova, o piloto da Chip Ganassi herdou a ponta com a quebra do piloto norte-americano a duas voltas do fim e venceu para abrir 28 pontos na liderança do campeonato. Colton Herta e Will Power completaram o pódio.

Foi um castigo grande demais para o cara que fez tudo certo o tempo todo. Newgarden fez a pole e comandou as ações com a Penske, liderando por 32 voltas das 55, sem nunca parecer sob ameaça real de qualquer adversário. Mesmo na largada, quando gente em todos os níveis do pelotão levou alguma pancada e trocou tinta, o norte-americano passou incólume. Quem mais apanhou, mas ainda seguiu na pista sem problemas, foi Conor Daly.

Para alguns, como Colton Herta, foi uma prova de mostrar consistência e evitar encrencas. O prodígio norte-americano nunca foi espetacular, mas estava sempre ali, em terceiro. Quando o líder falhou, assumiu o segundo posto e garantiu mais um pódio. Will Power, por sua vez, teve que trabalhar bem mais, subindo e descendo no top ten, saindo da pista, botando roda na grama, fritando alguns pneus e batendo roda com uns que outros.

O retão de Elkhart Lake e as desafiadoras curvas foram prato cheio para duelos sensacionais. Romain Grosjean, particularmente, fez um passão sobre Graham Rahal de prender a respiração, tal a freada tardia que o francês inventou. Não fossem os pit-stops ruins, teria entrado na briga do top 3, mas o quinto ficou de bom tamanho.

Na arrancada final da corrida, a dúvida era apenas sobre a turam que tentou as táticas alternativas de combustível. E ela até que funcionou para Max Chilton, que teve o gostinho de liderar. Mesmo sem a bandeira amarela aparecer, parou e voltou bem de pneus novos para conseguir seu primeiro top ten com a Carlin. O inesperado Oliver Askew também liderou, de super-sub da Carpenter e foi por detalhe que a parada de Ed Jones não gerou a bandeira amarela que poderia lhe dar o troféu. Fez seu pit-stop 20 segundos antes do adversário gerar a última amarela.

Mas quem odiou esse safety car foi, com certeza, Newgarden. Com tudo encaminhado para faturar, o piloto da Penske engatou, terceira, quarta, quinta na relargada e... O câmbio não trocou mais. Teve de se arrastar até o final, vendo Palou comemorar a vitória.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895