Rebuliços com as regras e equipes descontentes com Jean Todt na Fórmula 1

Rebuliços com as regras e equipes descontentes com Jean Todt na Fórmula 1

publicidade



A Fórmula 1 teve um dia de bastante movimentação de bastidores, nesta quinta-feira. Por um lado, foram confirmadas duas mudanças de regras aerodinâmicas pela FIA (cobertura do nariz ornitorrinco e banimento da asa móvel dupla da Mercedes). Do outro, as equipes enviaram uma carta manifestando preocupação com mudanças administrativas definidas pela entidade que controla o esporte: o aumento exponencial do custo de inscrição para a temporada 2013 e a redução do número de equipes representadas na assembleia que define o regulamento, de 12 para seis.


McLaren, Mercedes, Force India, Sauber, Caterham, Marussia e HRT questionaram na carta o motivo para um aumento, em alguns casos superior a 100%, nos custos para inscrever os carros para o ano que vem. A decisão do chefão Jean Todt e companhia realmente contraria tudo que se diz sobre baixar os custos da categoria que se tem pregado nos últimos anos. Elas reforçaram o desejo por regras que reduzam os custos e questionaram a capacidade de manter o regulamento estável com apenas seis equipes tendo voz ativa nas negociações.

Na parte aerodinâmica, a principal novidade será a introdução de um painel de fibra de carbono para atenuar a aparência ruim dos bicos com degrau inaugurados nesta temporada. De acordo com o novo regulamento, a peça deve ser um laminado simples, sem função estrutural ou aerodinâmica. Ou seja, será a primeira vez que uma regra define a estética dos carros, em teoria. Claro que alguns times tentarão "interpretar" o laminado simples e inventar funções criativas que ao longo de 2013 serão contestadas.

Quanto às utilizações da asa traseira móvel, o modelo inaugurado pela Mercedes nesta temporada, que usa dutos para conduzir o ar e "estolar" a asa dianteira, foi proibido a partir do ano que vem. Nenhum duto poderá ter seu caminho desviado, ou fluxo de ar afetado diretamento pelo mecanismo do sistema de ultrapassagem em 2013. A asa que a Lotus ainda tenta fazer funcionar, contudo, permanece valendo pelas regras, já que atua apenas nos planos do próprio aerofólio traseiro.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895