Tarumã reajusta mensalidades e gera debate de pilotos e equipes

Os custos para associados do Autódromo de Tarumã viraram o principal tema de discussão do automobilismo gaúcho nesta quarta-feira. A mensalidade teve um aumento de R$ 160,00 para R$ 280,00, o que provocou a reação de vários competidores. O gestor do circuito, Márcio Pimentel, justificou a necessidade do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul (ACRGS) fazer um acréscimo nos valores. "É uma decisão de sobrevivência do clube", enfatizou. O preço para realização de treinos e inscrições de corridas também deverá sofrer reajuste.

De acordo com ele, as receitas baixaram em meio à crise nacional e a principal atração do autódromo sofreu com reduções de arrecadação. "O Racha Tarumã, que sempre manteve as contas, vem perdendo muito", explicou. "Um clube funciona mais ou menos como um condomínio. Se a diretoria não fizer dar certo, vai fechar", projetou.

Pimentel salientou a necessidade de colaboração do quadro de associados para manter a estrutura. "Qualquer clube o quadro social garante o custo fixo e ainda deixa resultados", ponderou. "As previsões não são as melhores e não se vê perspectiva", apontou. "A crise atingiu todo mundo", frisou.

"Quanto ao valor, sinceramente não acho caro a mensalidade", avaliou o gestor. "Olha o tamanho daquela estrutura. As contas são diárias. Eternas. Antigas. Vamos gastar, apenas para renovar a licença da Fepam, R$ 21.000 de taxas. Só as taxas", comentou Pimentel. "Uma corrida do Gaúcho de Velocidade deixa de resultado entre R$ 7 mil e R$ 9 mil. A conta não fecha", argumentou. Na temporada 2016, Tarumã realizou nove provas do campeonato estadual.