Telemetria da Fórmula 1 segue com problemas, mas FIA mantém fornecedor

Telemetria da Fórmula 1 segue com problemas, mas FIA mantém fornecedor

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Um aspecto de bastidores da Fórmula, que teve bastante influencia indireta nas quatro primeiras provas do campeonato, tem sido pouco abordado. Apesar de cobrar mais pela inscrição de todos os participantes do Mundial em 2013, a Federação Internacional de Automobilismo resolveu investir em parcerias mais baratas na área de logística e técnica. Por conta disso, assinou com uma nova empresa de telemetria, a Riedel, no lugar da EM que operava com a categoria desde a década passada.


O resultado é que, depois de quatro provas, travou o Windows, deu erro fatal no sistema, chamaram o setor de TI e nada resolveu. Em nenhuma delas foi possível utilizar o sistema eletrônico de limitação da asa móvel e tampouco o controle de velocidade durante períodos de safety car. Foi exatamente por isso que, mesmo com a maioria dos pilotos tendo acionado a asa móvel numa área de bandeira amarela, durante o GP da China, as infrações não foram investigadas durante a corrida e, posteriormente, as punições descartadas. Os pilotos e equipes precisam cuidar manualmente de quando podem acionar o DRS e, portanto, a bandeira amarela que surgiu de repente na área de acionamento evitou um controle geral do problema e todos foram absolvidos.

A FIA avaliou retornar a parceria com a EM a partir do GP da Espanha, mas foi convencida pela Riede a manter o projeto 2013. No Bahrein, o novo fornecedor conseguiu fazer operar as luzes de aviso para bandeiras amarelas e bandeiras azuis aos pilotos, assim como o acompanhamento por GPS da posição dos carros na pista. Nem mesmo estes dois recursos, considerados essenciais para a segurança da prova, estavam funcionando de maneira confiável nas três primeiras corridas.

Com a melhora no sistema e a promessa de que a partir da temporada europeia a "bagaça" vai funcionar, a FIA resolveu deixar tudo como está. Justificou, ainda, que a troca de fornecedores obrigaria os times a refazer todo o sistema de fiação elétrica dos carros para a eletrônica EM. Claro que a conta ficaria com as equipes e não a FIA, que gosta mesmo é de receber as inscrições e fechar contratos de fornecedores o mais vantajosos possíveis no lado financeiro.

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