Virginia Williams morre aos 66 anos e deixa mais que um legado na equipe de Fórmula 1 do marido
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A homenagem para o Dia da Mulher fica por conta do papel central que Virginia teve na criação da equipe Williams. Na década de 60, ela era casada com um piloto e decidiu pedir o divórcio para se unir a Frank. Logo depois disso, vendeu sua mansão na Inglaterra para auxiliar no dinheiro que criaria a equipe de Fórmula 1 de Frank. Casaram em 1974 e, nesta época, o time que ainda não tinha Patrick Head era figurinha carimbada no fundão do grid, uma Hispania ou Minardi da vida.
Ela foi tesoureira da equipe nos quatro anos mais minguados de sua história, até 1978. Os patrocínios eram excassos e os resultados mais ainda e cabia a Virginia fazerem as contas fecharem para continuarem dando voltas nos circuitos do Mundial. O oxigênio surgiu apenas em 1978 quando Frank estabeleceu um contrato com apoiadores árabes e Patrick Head passou a liderar a engenharia. A partir daí, a história estava feita e os títulos mundiais vieram a galope.
Também veio a tragédia em 1986, quando Frank se acidentou de carro enquanto viajava para testes da Fórmula 1. O marido ficou paraplégico e coube a Virginia cuidar de sua recuperação e, ao mesmo tempo, auxiliar Patrick Head a manter tudo em ordem com o time de F-1. Virginia até mesmo escreveu um livro (A Differente Kind of Life) sobre a época difícil e traumática da família, relatando que em momento algum pensaram em abandonar o Mundial e trazendo um retrato daquele período legendário da F-1, em que Nigel Mansell e Nelson Piquet corriam pela equipe.
Apesar da doença, Virginia esteve presente na festa pelos 70 anos de Frank no GP de Barcelona do ano passado. O destino foi feliz naquele final de semana pois coube a Pastor Maldonado deixar o final de semana ainda mais especial com uma vitória esperada desde 2004 pela equipe britânica.
