Virginio, o cara que gravou o nome Ferrari nas motos com talento e humanidade

Virginio, o cara que gravou o nome Ferrari nas motos com talento e humanidade

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Ainda ganhou uma grande chance com a Yamaha Marlboro em 1984, mas a adaptação foi difícil e teve como melhor colocação um quarto lugar na Inglaterra. Curiosamente, em 1986 optou por descer de categoria e competir nas 250cc com a Honda. Disputou provas até 1989 quando se retirou de vez.

No meio de tudo isso, Virginio experimentou duas tragédias no motociclismo. Em 1984 viu o colega Kevin Wretton se acidentar e perder a vida. Tentou salvar o inglês com reanimação, mas não foi suficiente. Em 1989, novamente, o venezuelano Iván Palazzese sucumbiu a ferimentos nas pistas. Era o GP da Alemanha, fonte de grandes alegrias para Virginio, que voltava naquela prova ao Mundial.

Palleze bateu contra a moto de Andreas Preining, que sofreu uma quebra e travamento do motor. Quando ainda tentava se recuperar para sair da pista, o venezuelano foi atingido pelas motos de Bruno Bonhuil e Fabio Barchitta, caindo desacordado. Os médicos se recusaram a entrar no asfalto pelo risco das outras motos, ainda em corrida por falha da organização. Foi Virginio quem parou sua moto em plena corrida e correu para prestar socorro e tentar a reanimação do colega. O piloto, no entanto, morreu por conta de trauma toráxico grave.

Aos 62 anos, Virginio segue atuando no mundo das motos, como instrutor de pilotagem e distribuidor das motos MV Agusta. Foi piloto de testes das marcas italianas durante décadas, montou suas próprias equipes e trabalhou ao lado de nomes como Alexandre Barros e Randy Mamola até decidir deixar de vez as competições.


Vamos dar uma volta com Virginio, na pista de Monza:




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