Entidades e governo propõem aliança para ações solidárias no pós-pandemia

Entidades e governo propõem aliança para ações solidárias no pós-pandemia

Processo de mobilização das empresas na satisfação das necessidades básicas dos que se encontram em situação de vulnerabilidade tem que ser coletivo

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Setor privado e governo propõem construir uma aliança, com grandes projetos a médio e longo prazos, visando uma perspectiva de futuro para ações de responsabilidade social no pós-pandemia. O comprometimento e a disposição das empresas de trabalharem cada vez mais, em conjunto, pelas causas sociais estiveram em pauta, nesta quarta-feira (27), em mais uma edição da webinar LIDE Talks promovida pelo LIDE RS.

 

A transmissão ao vivo reuniu secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Catarina Paladini; o presidente do Conselho de administração da Parceiros Voluntários, Daniel Santoro, o sócio diretor da Goldsztein Patrimonial e presidente do Conselho do Instituto Cultural Floresta, Cláudio Goldsztein, e o conselheiro da Fiergs e consultor da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, Marcino Fernandes Rodrigues Junior.

 

Os debatedores concordam que o processo de mobilização das empresas, na satisfação das necessidades básicas dos que se encontram em situação de vulnerabilidade, tem que ser coletivo, com atuação permanente e coordenada, entre o estado em todos os níveis de governo, empresas e entidades (fundações, institutos). Paladini defende esta união de forças, não somente agora, neste período de pandemia, mas de forma contínua com o comprometimento de todos estes atores.

 

Durante o evento, o secretário detalhou as recentes ações do governo junto aos Conselhos de Defesa do Consumidor, da Criança e Adolescente e Conselho do Idoso que possibilitaram ampliar o auxílio às comunidades carentes nos últimos dois meses. Com isto foram distribuídas 11.600 cestas básicas para grupos mais vulneráveis no Estado, compreendendo 145 municípios. “Queremos um amplo diálogo com o Terceiro Setor para que possamos ampliar nossa capacidade de atuação, atendendo de forma mais eficaz, àqueles que mais sofrem com as consequências da Covid-19”, diz ele.

 

Processo contínuo

 

Na mesma linha, Daniel Santoro avalia que a responsabilidade social não é pontual. É um processo contínuo, mobilizando recursos de quem tem para serem aplicados, da melhor maneira, e dentro de um segmento específico. “Neste momento onde as opiniões são polarizadas, não queremos estar certos, queremos que dê certo. Nosso foco é o cidadão e nossa relação com a sociedade tem que perdurar”, disse o presidente da Parceiros Voluntários.

 

Na opinião do consultor da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, Marcino Junior, ao contrário do que ocorre no estado, o recurso na mão do empresário é multiplicador e transparente. Ele também concorda que a mobilização coletiva entre entidades e estado, em todos os níveis de governo, deve ser alcançada, mas com a implantação de uma cogestão para o gerenciamento dos recursos.

 

Já o presidente da Instituto Cultural Floresta, Cláudio Goldsztein, comenta que logo no início da crise foram acionadas várias empresas parceiras para atuarem com ações em áreas onde o governo não estava chegando. No período foram captados recursos da ordem de R$ 15 milhões, entre empresários e pessoas físicas, para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI) – luvas, máscaras, álcool em gel , respirados – destinados a hospitais mapeados no interior,  além de 45 mil cestas básicas que foram distribuídas na região metropolitana de Porto Alegre.

 

Atuando como mediador, Fernandez, comentou a importância das iniciativas envolvendo o setor público e privado, lembrando que, “a permanecer esta sinergia em projetos futuros, certamente poderemos observa a volta do protagonismo do Rio Grande do Sul entre os outros Estados da Nação”.


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