O desafio dos novos tempos e a gestão de crises do profissional de relações públicas

O desafio dos novos tempos e a gestão de crises do profissional de relações públicas

Conrerp/4 realiza live com especialistas da área. Cláudia Hörbe, do Plaza, fala sobre o momento do turismo e os eventos

Correio do Povo

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O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 4ª Região (Conrerp/4) realizou esta semana uma live, com grande acompanhamento, sobre o tema “Eventos: o atual momento e perspectivas para o amanhã", debatendo com clareza os efeitos da pandemia do coronavírus. A live teve  a mediação de Luiz Fernando Muñoz, presidente do Conrerp/4, e as participações de Cláudia Hörbe, Gerente de Marketing da Rede Plaza de Hotéis, Resorts e Spas; Lara Perdigão, Conselheira do Conrerp4 e diretora da ABIH-SC; Luciane Pacheco, empresária e sócia-fundadora da Cem Cerimônia Eventos e Turismo; e Marco Aurélio Martins Floriani, Presidente da Federação dos Conventions Bureaux de Santa Catarina. Com tantas alterações em rotinas e inúmeras empresas paradas em razão da doença que abala o mundo, o debate mostrou o papel do relações públicas no mercado de eventos, turismo e hospedagem, captação de eventos, organização e gerenciamento de situações e crises. Também foi ressaltado a questão sobre a retomada das atividades e quais as expectativas futuras para a carreira dentro destes segmentos.

A Gerente de Marketing da Rede Plaza abordou as expectativas para a retomada dos serviços de hotelaria - o grupo tem 6 hotéis no RS, SC, PR, RJ, BA - e o que terá que mudar nos eventos para atender todas as normas sanitárias que estão ou entrarão em vigor.  "Ninguém estava preparado para uma situação assim tão grave e crítica, que afetou seriamente o turismo, a hospedagem, os trabalhadores da área e a atuação dos profissionais de relações públicas também. Algumas crises podem ser mapeadas, mas outras surgem ao acaso, de repente, sem data, começa aleatoriamente e vai ninguém sabe até quando. O futuro não é mais como tínhamos planejado ou desenhado", disse Cláudia Hörbe.

Conforme ela, o turismo de uma maneira global está comprometido e acumula só no Brasil um prejuízo de 62 bilhões de dólares, quantia que poderá aumentar com o passar do tempo e com a desconfiança da retomada ideal e segura. "A redução da plataforma de transporte aéreo nacional e internacional também determina a retomada. Podem ocorrer falências de destinos, de empreendimentos e de locais que dependem do fluxo de passageiros da malha aérea", afirmou.

- Os  eventos voltarão lentamente e serão mais  regionais - A interação é uma necessidade humana e o core business dos eventos é o relacionamento, o network, o contato humano e a convivência social.

Para Cláudia, poderão acontecer mais eventos híbridos (parte físico e parte on line).

"As pessoas estarão mais criteriosas para escolher onde ir e haverá um novo comportamento do consumidor, que se tornará mais exigente, mais atento e mais criterioso. Os clientes, sem dúvida, buscarão novos requisitos.

Para os participantes da live do Conrerp/4, os eventos terão novas perspectivas e novas tendências. "Vamos ter que  seguir protocolos de segurança, atender determinações e decretos de autoridades. A capacidade dos congressos, encontros, seminários, eventos em geral, terá, sem dúvida, outra dimensão. O distanciamento físico será uma exigência dos novos tempos, não poderão ocorrer aglomerações, o uso de máscara será rigoroso, os ambientes terão que ser mais higienizados, e os protocolos de gastronomia serão específicos e muito bem elaborados e cuidadosos", afirmaram.

Segundo eles, comunicação é sempre fundamental para dissociar  MEDO  e DESEJO. Cláudia Hörbe disse na live que o Relações Públicas é também um Gestor de Crises e precisa sempre estar atento aos movimentos da sociedade onde está inserido e exerce o seu trabalho.

“Como profissionais da Comunicação nosso principal objetivo é sermos facilitadores reforçando informações consistentes de autoridades, e procurando que as empresas tomem providências para garantir a segurança dos eventos. Temos  que equilibrar o medo com a razão e a incerteza com a segurança das informações corretas”.


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