Trabalho remoto: uma realidade que veio para ficar

Trabalho remoto: uma realidade que veio para ficar

Consultora de gestão empresarial e profissional de marketing e vendas, Aline Bortolin, já há alguns anos, ela desenvolve ferramentas de auxílio à produtividade

Correio do Povo

Aline Bortolin é consultora de gestão empresarial e profissional de marketing e vendas

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Se antes trabalhar de forma remota era ainda uma tendência de mercado, hoje, em tempos de pandemia do novo coronavírus, se tornou uma forma urgente e segura para o andamento da atividade profissional. Mas, apesar de não ser uma total novidade, o trabalho a distância requer organização, principalmente no que diz respeito à produtividade e gestão do tempo.

Em pesquisa realizada no final de março deste histórico 2020 pela consultoria Betania Tanure Associados e divulgada em uma matéria publicada no site do Valor Econômico, 43% das empresas brasileiras adotaram o trabalho remoto em tempos de pandemia. O estudo foi realizado com mais de 350 organizações do País e registra que mais de 60% das companhias veem a adaptação das atividades presenciais para virtuais como o maior desafio da prática de home office e 45% apontam o gerenciamento remoto de pessoas. Porém, de acordo com a análise, é necessário que tanto gestores como equipes estejam atentos para alguns fatores importantes, visando resultados satisfatórios nesta forma de laboração.

É neste sentido que entra a expertise da consultora de gestão empresarial e profissional de marketing e vendas, Aline Bortolin. Já há alguns anos, ela desenvolve ferramentas de auxílio à produtividade, bem como para gestão do tempo e de projetos, as quais tornam-se fundamentais nos afazeres profissionais, em momentos como o que vivenciamos atualmente de distanciamento social controlado.

Nômade digital, como também é conhecida nestes últimos dois anos (os quais tem vivido em diferentes cidades dos EUA, do Brasil e da Itália), desenvolve seu trabalho de forma remota com equipes multidisciplinares. Estando em qualquer parte do mundo, a profissional pode dar grande contribuição às empresas em meio à pandemia, auxiliando-as no estabelecimento de seus negócios, bem como no gerenciamento de seus times.

Em 2011, Aline se mudou para os EUA e lá atuou em diversas companhias norte-americanas, em Dallas (Texas), Los Angeles (Califórnia) e Seattle (Washington). Desenvolveu sua carreira passando desde startups a grandes corporações, em sua maior parte de forma remota, gerenciando equipes que desempenhavam suas atividades nos mais distintos locais do mundo, como Coréia do Sul, Irlanda, Oriente Médio, Inglaterra e Brasil.

Nesta época, entre outras experiências, trabalhou em uma empresa desenvolvedora de software, onde gerenciava os revendedores internacionais. Ela orientava-os sobre metas de vendas, abordagem aos clientes, resultados e estratégias de marketing, bem como na criação da percepção de marca nos países os quais cada colaborador atuava. Para este e demais trabalhos utilizava ferramentas online como Zoom, Skype, Salesforce e documentos na nuvem, por exemplo.

Assessoramento – Entre as habilidades de Aline, auxilia empresas a se estabelecerem de maneira remota, utilizando diferentes ferramentas e tecnologias online disponíveis, sendo muitas delas de forma gratuita. Ainda assiste os profissionais no gerenciamento de projetos e em suas atividades, bem como possibilita ao gestor a mensuração dos resultados do time.

Técnicas - Para ser mais produtivo e gerenciar o tempo, a profissional indica como uma de suas técnicas preferidas a “Pomodoro”. A sistemática faz o profissional delimitar um tempo desligando toda e qualquer notificação de redes sociais, WhatsApp, inclusive na forma web, focando somente na atividade que precisa executar. Normalmente em blocos de tempo de 25 minutos, fazendo, após este período, um relax de cerca de 5 minutos.

A gestora empresarial ainda costuma utilizar ferramentas de gerenciamento de e-mails, onde orienta quando e como responder as demandas, o que replicar na hora e o que deixar para depois. “Assim, a pessoa tem uma constância no que está fazendo, mas também tem seu tempo de gerenciar atividades internas, não ficando refém de responder a toda hora.”

Nesta cultura remota, segundo Aline, é essencial organizar as atividades de cada um na empresa de forma que quem entrar novo ou tiver que suprir a falta de um colega, não se sinta perdido, possibilitando que a operação siga normalmente. “Por isso, não indico utilizar o WhatsApp como forma de comunicação interna da empresa, e sim o uso de outra plataforma.”  Já com relação aos projetos, ela sugere que a interlocução seja feita dentro de uma ferramenta específica de gestão para esta finalidade. “Desta forma, o conteúdo o qual o profissional está trabalhando fica arquivado ali, na nuvem, e categorizado por assunto, sem o risco de ser perdido e podendo ser facilmente acessado.”

Além disso, enfatiza que quando necessita realizar reuniões com a equipe, e aqui falamos sempre de forma remota, ela conversa o geral com todos e depois bate um papo um a um para que coloquem suas particularidades e possa ajudar melhor cada profissional do grupo. “Essa conversa individual facilita o desenvolvimento da confiança no gestor, ajudando-o a colocar suas fragilidades. Pois, ao saber delas, o gestor consegue ajustar e dar o suporte necessário.”

Outra prática que a profissional faz uso quando começa a gerenciar uma organização é dissecar cada ação do profissional, bem como o tempo gasto em cada uma. “Eu sempre coloco um pouco mais de tempo para cada movimento, pois, desta forma, consigo adequar suas funções com o tempo que precisa para executá-las.” Conforme Aline, esta é uma forma de saber o que se pode esperar do colaborador, ou seja, os resultados que ele trará.

Mais sobre Aline Bortolin

Aline é especialista em marketing pela ESPM-RS e mestre em Estratégias Empresariais pela PUCRS. Possui ampla vivência em desenvolvimento de negócios, com mais de 15 anos de bagagem no gerenciamento de times multifuncionais. Dentre suas experiências, atuou na promoção de empresas nacional e internacionalmente, com prática em SAAS (Software as a Service). Conta ainda com o conhecimento de vendas B2B (business to business) e B2C (business to consumer).

“Viajar é um de meus grandes prazeres, mas não com o intuito de conhecer o mundo todo rapidamente, e sim com a intenção de me tornar 'uma local' por um determinado período por onde passo.”

https://alinebortolin.com/


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