Pablo Neruda em verbetes da Coleção Dicionários

Se há uma coisa que é certa a cada final de ano, além daqueles especiais de Natal do Roberto Carlos, é o lançamento de mais uma edição da Coleção Dicionários, coordenada pelo poeta Luiz Coronel. A 17ª edição traz como personagem um dos maiores poetas sul-americanos da história. “Pablo Neruda - um Poeta Maior do Século XX” tem pesquisa e conteúdo a cargo da professora e pesquisa Janaína Baladão, com a tiragem de 4.500 exemplares, destinados basicamente a instituições culturais, públicas e privados. Conforme Luiz Coronel, “Neruda teve aquele destino vira-mundo dos embaixadores, percorreu continentes, levando em sua fervilhante alma as florestas, as montanhas, as ventanias e as goteiras de seu país e de sua casa, em Temuco, no Chile. Imodesto na narrativa de suas andanças, porém elucidante na confissão de suas paixões amorosas e opções políticas, legou ao mundo uma sonora mensagem de luta e de esperança na condição humana. Entre sua obra amorosa e sua obra de teor social, prefiro as duas”, posiciona-se o coordenador, que é autor de 79 obras literárias e recentemente foi candidato a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. 

Coronel segue em frente na sua ode elogiosa a Neruda: “O Prêmio Nobel que lhe foi concedido em 1971, dois anos antes de sua morte, veio apenas confirmar um reconhecimento que já se tornara definido. Trata-se de um nome de proa da literatura latino-americana. Gabriel García Márquez o considerava o grande poeta do século XX. Sua poesia impregnou-se em minha geração. E creio que as gerações vindouras terão igual encantamento perante a cascata verbal, a avalanche metafórica, a ideação histórica e tudo mais que conte a acesa criatividade de nosso grande poeta chileno e universal”, complementa. 

A Coleção Dicionários já tratou de grandes nomes da literatura internacional como Fernando Pessoa e Virginia Woolf e os maiores da nacional, como Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, tendo cinco gaúchos retratados: “Mario Quintana - A quinta Essência de Quintana”; “Erico Verissimo - O tempo e o vento a passar”; Luis Fernando Verissimo - Quando a lucidez não perde a graça”; “ Carlos Nejar - Um homem do Pampa” e “Luiz Coronel - um domingo ensolarado”. Cada obra contém 1.000 verbetes, dos quais cada letra do alfabeto é antecedida por um estudo critico, abordando variados aspectos da obra do autor. “O próximo projeto será Simões Lopes Neto e Jayme Caetano Braum”, finaliza Coronel.